“Isso é coisa pra falar”: ocupar, ocupar-se, desocupar. Histórias com uma ocupação estudantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Muniz, Adriana Werneck Russo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21593
Resumo: Esta tese se propõe a problematizar a experiência de ocupação estudantil ocorrida no campus Paracambi do IFRJ, ocorrida no ano de 2016. Tal problematização se dá como exercício analítico de estranhamento e interrogação, retirando-a do lugar do conhecimento prévio. Para tanto, são contadas histórias de ocupação, que surgem com as multiplicidades das memórias e as imprevisibilidades de encontros-entrevistas produzidos com as ferramentas estético-político-metodológicas da História Oral; a escrita como espaço da experiência; e os pressupostos da análise de implicação. Essas histórias de ocupação se pretendem, sobretudo, provocações, com as quais busco dar visibilidade a algumas condições de possibilidade que permitiram o surgimento daquela ocupação e as interrogações que ela provoca acerca do nosso presente. Procuro, ainda, desnaturalizar práticas que buscam – como mote de normalização neoliberal da vida – governar a conduta dos sujeitos-escolares; colocar em análise os escapes, capturas, desvios, invenções, intensidades que as histórias dos ocupantes dão passagem; e experimentar, com a história oral, a produção de histórias singulares, fragmentárias, contingenciais e implicadas. São histórias que, na tentativa de se desviar da busca por uma pretensa neutralidade, e expondo o “avesso da tapeçaria”, intencionam produzir práticas singulares de pensamento que potencializam a suspensão/interrogação de certas práticas (co)engendradas nos espaços institucionais de produção de conhecimento: a academia, a escola e a História. Ao mesmo tempo, essas são histórias de ocupação desses espaços.