Uma clínica para o CAPS
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Psicanálise |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14685 |
Resumo: | A presente dissertação é uma pesquisa teórico-clínica sobre o dia-a-dia dos pacientes e técnicos dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), especificamente no que diz respeito à clínica neste dispositivo. O que é clínica? Temos uma clínica? Que clínica temos? Que clínica para o CAPS? Como construí-la? A partir de um breve histórico sobre a Reforma Psiquiátrica Brasileira, desde a criação de seu primeiro hospital público, na cidade do Rio de Janeiro, até a constituição de um novo campo, que é o campo da atenção psicossocial percorremos os principais episódios que contribuíram para a constituição deste campo, destacando as resoluções das quatro conferências nacionais de Saúde Mental que colaboraram para a sustentação do movimento transformando o Brasil no país que mais avançou no tratamento oferecido aos doentes mentais. Por último levantamos a relação da Reforma Psiquiátrica com o saber, com as teorias e com o ecletismo teórico. Discorremos sobre a teoria e clínica psicanalítica da psicose abordando a teoria freudiana e a interpretação lacaniana através dos três registros do real, simbólico e imaginário. A questão central - Uma clínica para o CAPS - foi trabalhada levantando questões relacionadas ao que chamamos de herança do modelo manicomial presente na atenção psicossocial e que dificultam a construção de uma clínica. Os CAPS, em sua maioria, são cidadãos, inclusivos, reabilitadores sociais e exibem efeitos aos quais não podemos recusar a dimensão de terapêuticos, mas isso não basta para dizermos que existe uma clínica nos CAPS. A ênfase continua sendo a reinserção social e não o exercício da clínica. A partir do estudo de algumas práticas institucionais realizadas a partir da psicanálise, práticas que podem contribuir para a construção de uma clínica nos CAPS, tais como a psicoterapia institucional de Jean Oury, a prática entre vários surgida na Europa com adeptos também no Brasil e a psicanálise com muitos, clínica gerada e operante em alguns CAPSis do Rio de Janeiro elegemos a psicanálise com muitos como melhor dispositivo para a clínica com adultos devido a radicalidade de sua proposta desde o início em realizar de maneira rigorosa as diretrizes estabelecidas pelas políticas públicas de Saúde Mental no que diz respeito a um centro de atenção psicossocial, bem como realizar o mais rigorosamente possível as diretrizes teórico-clínicas e ético-metodológicas da Psicanálise quanto ao que seja o exercício de sua práxis. Passamos a analisar outros aspectos importantes do cotidiano dos Centros de Atenção Psicossocial com adultos e propomos quatro pilares para a construção de uma clínica efetiva para este dispositivo: o diagnóstico estrutural, uma ética para o sujeito, a psicanálise coletiva e a dimensão clínica de rede |