Espinosa e a formação humana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Oliveira, Marcio Francisco Teixeira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18900
Resumo: Este trabalho tem como objetivo fornecer elementos de reflexão sobre o processo de formação humana a partir da filosofia de Espinosa. A obra de Espinosa pode ser compreendida como um trabalho de investigação que procura entender o que é o ser humano e o que pode colaborar para que sua vida seja mais potente, apesar dos riscos e dissabores que são necessariamente experimentados ao longo da sua existência. Segundo Espinosa, os seres finitos não podem ter uma potência absoluta, então sua vida é experimentada como aumento ou diminuição da potência de agir. O filósofo articula esta perspectiva ontológica aos aspectos cognitivo, afetivo e social. A tese está estruturada em três capítulos. O primeiro trata da força dos gêneros de conhecimento para o alcance de uma vida mais potente, ao dissertar sobre as contribuições e perigos da imaginação e sobre a importância do conhecimento adequado (razão e intuição). O tema da afetividade é objeto de discussão do segundo capítulo, afinal, o processo de formação humana não pode ser lido apenas como uma alteração intelectual, mas corresponde – no melhor dos casos – ao gozo de uma vida afetiva mais feliz. Esse capítulo aborda a importância da múltipla afetação para lidar com os riscos da fixação na imaginação singular. O terceiro capítulo discute a relevância da dimensão sociopolítica para a formação humana, argumentando que as práticas de formação que conduzem à autonomia devem estar abertas à experiência democrática, porque a democracia não disfarça o conflito, mas o admite como matéria-prima para a negociação de alianças e resistências que melhor contribuam para o pleno desenvolvimento da potência individual e coletiva.