Cidade, arte e política: redes educativas e participação social em coletivos juvenis
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18529 |
Resumo: | A presente pesquisa teve como objetivo investigar como coletivos juvenis têm produzido participação social de jovens das camadas populares a partir das ocupações de espaços públicos na zona oeste e zona norte do Rio de Janeiro. Para mapear esses modos de participar socialmente da cidade, acompanhei diversas ações do Sarau do Calango, do Viaduto de Realengo, no Festival de música e Cultura de Bangu e no Leão Etíope do Méier e que, na contramão dos circuitos habitualmente reconhecidos das artes, entre zona sul e centro da cidade, desenvolveram, nos últimos anos, sistemáticas intervenções nos bairros onde atuam possibilitando que jovens tenham espaços preservados para mostrarem suas histórias, suas poesias e memórias. A pesquisa concluiu que a intensa troca de saberes e fazeres feitas por esses coletivos vêm tecendo redes educativas potentes que sustentam e retroalimentam esses grupos, ampliando suas redes de apoio e de aprendizagens. Além disso, ficou evidente que ao disporem dos seus corpos para intervirem, ocuparem e modificarem espaços públicos, assim estão também promovendo um tipo de política própria nos bairros em que moram e atuam, o que chamei ao longo da pesquisa de arte-política. O estudo é de cunho qualitativo e se fundamenta na concepção de cidade de Harvey (2014, 2013), nos debates sobre as pesquisas em Ciências Humanas e Sociais com Oswald (2014), Pereira (2012) e Amorim (2001), nas discussões sobre juventudes e coletivos com Pais (2005, 2003), Carrano (2012, 2006) e Sposito (2020; 2010), bem como nos estudos sobre redes de Castells (2017) dentre outras referências de estudos sobre a cidade, arte, política e educação. As juventudes inclassificáveis se mostram em meio às diferenças fragmentárias e híbridas através da arte-política nas ruas produzindo e reinventando seus modos de participarem socialmente da cidade, apesar das condições acachapantes do Estado e da escassez de políticas públicas que dialoguem com seus desejos. Mais do que um movimento artístico, essas artes-políticas atuam nas brechas do poder público, tecendo novas redes educativas de saberes, fazeres e de partilha de suas necessidades e interesses de vida. |