O trabalho do assistente social no município de Tanguá/RJ: (re)produção ampliada da questão social e exercício da profissão
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Serviço Social BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Serviço Social |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/15943 |
Resumo: | O assistente social como um trabalhador assalariado, convive com os dilemas da classe trabalhadora em seu cotidiano profissional, dilemas que se traduzem nas tensões entre a condição de cidadão trabalhador, a mediação do mercado de trabalho e o efetivo exercício da profissão. Tais questões expressam a busca pela apreensão do Serviço Social em seu efetivo exercício e em suas determinações concretas. Constituem-se também ponto de partida do presente trabalho que se caracteriza pela elaboração de uma pesquisa de caráter exploratório do trabalho do assistente social. Tal propósito investigativo tem como objetivo central caracterizar e analisar o fazer profissional do Serviço Social em sua processualidade, tomando como espaço amostral o Município de Tanguá, uma pequena municipalidade situada ao Leste da Baía da Guanabara no interior do Estado do Rio de Janeiro. Ao partir da perspectiva de aliar a empiria ao exercício de abstração, utilizando entrevistas estruturadas e semi-estruturadas para compor sua base de dados, essa pesquisa traduz um esforço de apreender o trabalho dos assistentes sociais enquanto trabalho concreto e socialmente útil e como trabalho abstrato gerador de valor, que se constitui uma expressão do trabalho social. A pesquisa revelou que nesse pequeno município, o Estado tem a prevalência na contratação da força de trabalho dos assistentes sociais, porém, tanto no setor público quanto no privado há tendências à precarização das relações de trabalho. A tensão entre relativa autonomia e possibilidades de realização do trabalho está presente na experiência profissional que, além de viabilizar recursos de acordo com as condições dadas por seu empregador, também convive com a cultura política local marcada pela ideologia do favor e pela interferência do poder institucional em seu trabalho. A atualidade do município revela os impactos decorrentes do processo de implantação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), um projeto que vêm aquecendo um acelerado processo migratório de trabalhadores na região. Os efeitos desse processo repercutem no cotidiano de trabalho do assistente social, complexificando suas demandas e requisições institucionais, tendo em vista a (re)produção ampliada das expressões da questão social nessa realidade. |