Comparação do efeito do exercício físico sobre os biomarcadores sanguíneos e salivares em atletas de futebol
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Fisiopatologia Clínica e Experimental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/12565 |
Resumo: | O esporte de alto rendimento exige estratégias de treinamento que objetivem atingir o pico de desempenho no momento certo para as competições almejadas. Quando os períodos de recuperação não são suficientes podem induzir a uma perda de desempenho físico. Diante deste problema, a investigação de marcadores bioquímicos no sangue é uma ferramenta cada vez mais difundida em atletas dentro de um processo de treinamento físico. Entretanto, tal procedimento é evitado por alguns atletas por motivos relacionados ao medo (aicmofobia, hematofobia, etc...) e sobre a natureza dos exames que seriam realizados (doping). Buscando contornar os problemas associados à coleta de sangue em atletas, este estudo tem o objetivo de comparar o efeito do exercício físico sobre os biomarcadores plasmáticos e salivares em atletas de futebol. O Grupo coleta 1 (n=32) e o subgrupo treinado (n=10) oriundo deste foram submetidos ao Bangsbo Sprint Test (BST) para avaliação da capacidade física. As amostras de sangue e saliva foram coletadas em condição de repouso (T0, T0-PRÉ e T0-PÓS) e pós-exercício imediato (T1, T1-PRÉ e T1-PÓS). As análises estatísticas realizadas fora a correlação pearson, o teste de t student e afim de qualificar a magnitude das diferenças foi calculado o tamanho do efeito (Effect Size), sendo os resultados significativos quando p<0,05. Apenas observamos correlação entre plasma e saliva no Grupo coleta 1 nos parâmetros: cortisol (T0: r=0,476 e T1: r=0,459); razão Testosterona/Cortisol (T0: r=0,538 e T1: r=0,565); glutationa reduzida (GSH) (T0: r=-0,531) e ácido úrico (T0: r=0,407 e T1: r=0,377). No subgrupo treinado no pré-treinamento: cortisol (T0-PRÉ: r=0,707); razão Testosterona/Cortisol (T0-PRÉ: r=0,797 e T1-PRÉ: r=0,701). No pós-treinamento: Testosterona (T0-PÓS: r=0,748) e GSH (T0-PÓS: r=0,768). No plasma encontramos alterações significativas em (T1) nos seguintes parâmetros: lactato (8,4vezes); cortisol (+19,5%); testosterona (+4,9%); creatina quinase (CK) (+45,5%,); lactato desidrogenase (LDH) (+43%); aspartato aminotransferase (AST) (+71,6%); alanina aminotransferase (ALT) (+58,5%); GSH (-12%,). Em (T1-PRÉ) lactato (4,3vezes); cortisol (+18,9%); testosterona (+4,8%); CK (+45,6%); LDH (+46,5%); AST (+45,1%); ALT (+43,5%); GSH (-12%,). Em (T1-PÓS) lactato (6,6vezes); AST (+69,8%); ALT (2,2vezes); gama glutamil transferase (GGT) (-14,0%). Na saliva encontramos alterações significativas em (T1): lactato (4vezes); cortisol (+34,1%); razão testosterona/cortisol (-24,8%); AST (+6,6%); ALT (+14,9%); ácido úrico (-25,5%) e a capacidade antioxidante total (TAC-DPPH) (-3,7%). Em (T1-PRÉ): lactato (4,9 vezes); cortisol (+40,5%); razão testosterona/cortisol (-31,1%); AST (+6,5%); ALT (+22,0%); ácido úrico (-23,5%). Em (T1-PÓS): lactato (6,3 vezes); cortisol (+78,0%); razão testosterona/cortisol (-42,6%); GSH (-83,8%); ácido úrico (+81,6%) e TAC-DPPH (+27,0%). Estes resultados sugerem que devemos utilizar o sangue ou a saliva isoladamente na investigação dos biomarcadores para controle de treinamento. E ao utilizarmos apenas a saliva, devemos olhar o perfil apresentado, uma vez que o comportamento dos biomarcadores isoladamente não expressam exatamente as informações clínicas que estes parâmetros possuem no sangue. |