Entre memórias narradas e vividas: a cultura dos bate-bolas de Marechal Hermes
Ano de defesa: | 2021 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Comunicação Social Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Comunicação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17638 |
Resumo: | Partindo do pressuposto de que a memória não se refere apenas ao passado e que, portanto, é um processo em constante construção, mediada por diversos suportes comunicativos, vamos nos debruçar sobre as narrativas que se deflagram na contemporaneidade acerca dos grupos de bate-bolas do Rio de Janeiro, uma expressão carnavalesca comumente associada ao 'tradicional' e ao 'popular', mas que se apresenta de forma complexa e múltipla socialmente. Sabe-se que, a partir das diversas narrativas difundidas sobre tais atores, processam-se diversas mediações que transformam as socialidades entre aqueles que acessam tais conteúdos, assim como pelos próprios atores protagonistas dessa manifestação, compreendida aqui como cultura bateboleira, formada predominantemente por homens, mas não apenas eles. Fez-se necessário, em um primeiro momento, buscar no jornalismo diário as memórias narradas sobre essa cultura que influenciam de forma direta as tomadas de decisão de órgãos da administração pública da cidade – a Prefeitura do Rio – acerca das festas que ocorrem durante o período de carnaval. Entendendo, também, o corpo como um meio de produção de narrativas e, por sua vez, memórias, foi realizada uma imersão em campo como forma de narrar as vivências entre tais cidadãos da cidade, que nos permitiu observar como eles se colocam em movimento e potencializam, enquanto mídias autônomas, uma nova gestão da memória sobre suas próprias histórias. Assim, propõe-se pensar todo este contorno narrativo, ao longo de uma década, a partir do conceito de memórias subterrâneas de Michael Pollak, que nos permitiu compreender os períodos de subterraneização das memórias de tais grupos, assim como da evidente dessubterraneização por meio do digital na qual se insere a cultura dos bate-bolas do município do Rio de Janeiro. |