O impacto da educação na ocorrência da multimorbidade.
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/4355 |
Resumo: | Esta dissertação buscou estimar o efeito da desigualdade educacional na ocorrência de multimorbidade numa população adulta na cidade do Rio de Janeiro. Realizou-se uma análise seccional dos dados referentes à linha de base do estudo Pró-Saúde, contando com 3.092 participantes. Foi mensurada a prevalência de multimorbidade na população geral de acordo com sexo, idade, exposição ao tabaco ao longo da vida, presença de obesidade e nível de educação. A exposição de interesse foi a desigualdade educacional entre os participantes e o desfecho foi a presença de multimorbidade, definida como presença de duas ou mais condições crônicas. A relação entre escolaridade e ocorrência da multimorbidade foi estimada, primeiramente, através de razões de chance e posteriormente através dos índices angular e relativo de desigualdade, com o intuito de quantificar o grau de desigualdade em saúde nessa população na ocorrência do desfecho. As variáveis idade, sexo feminino, exposição ao tabaco e obesidade apresentaram uma relação direta e positiva com o desfecho, sendo que exposição ao tabaco e obesidade apresentaram também uma relação direta com pior nível educacional. Houve uma tendência linear monotônica e inversa entre escolaridade e a presença de multimorbidade na população geral, sendo a razão de chance para a ocorrência de multimorbidade duas vezes maior entre os extremos de escolaridade na população geral. Nas análises estratificadas por sexo, essa tendência se repetiu apenas entre as mulheres, nas quais a multimorbidade foi mais prevalente. O excesso de prevalência entre os extremos de escolaridade aferida na população geral pelo índice absoluto de desigualdade foi de 15% entre aqueles com pior escolaridade, sendo as mulheres as principais vítimas desse excesso. As evidências aqui levantadas subsidiam discussões importantes no campo da multimorbidade, das desigualdades em saúde e do papel que esta exerce sobre o desenvolvimento de múltiplas morbidades ao longo da vida. |