Determinantes do investimento privado no Brasil no período recente: uma abordagem pós-keynesiana
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Ciências Econômicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Econômicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20902 |
Resumo: | Esta tese apresenta uma avaliação empírica para os determinantes do investimento privado no Brasil entre 2007 a 2017. Utilizando uma estrutura teórica pós-keynesiana inspirada na especificação da função de investimento de origem kaleckiana, a tese tem como objetivo testar se o investimento privado das empresas não financeiras foi afetado pelos processos de financeirização e fragilização financeira a lá Mynski. Para tanto, utilizando os dados das empresas não financeiras de capital aberto no período analisado, segmentados em grupos setoriais distintos, a função de investimento, especificada com base na teoria apresentada, foi testada por dois métodos de estimação – o Método dos Momentos Generalizados (GMM), em que é realizada uma análise conjunta, e pelo método de análise temporal através do Modelo Autoregressivo com Defasagem Distribuída (ARDL), em que são realizadas análises individuais de cada grupo. Os resultados estimados por ambos os métodos sugerem que o processo de financeirização no nível da empresa, ou seja, de que padrão vigente de gestão corporativa das empresas que privilegia o retorno máximo de curto prazo dos acionistas, exerce influência negativa sobre o investimento em ativos de capital fixo de longa maturidade. Já em relação à fragilidadade financeira das firmas, os coeficientes estimados apontam relações distintas com o investimento em ativos de capital fixo. Tais resultados sugerem que, dependendo nível de fragilidade financeira da firma, um aumento dos compromissos financeiros pode se relacionar positivamente ou negativamente com o investimento. Ou seja, se há uma predominância de firmas classificadas como Ponzi (ou próximas a Ponzi) em situação financeira mais fragilizada, o aumento do fluxo de compromissos financeiros frente ao fluxo de recursos gerados através das atividades operacionais impacta negativamente os investimentos. De forma análoga, em grupos com predominância de firmas em situação hedge ou especulativa, um aumento dos compromissos financeiros frente ao fluxo de geração de caixa impacta positivamente o investimento. |