Cartografia das forças criativas de resistência: escola e universidade como espaço de embate

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rettich, Juliana Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17181
Resumo: Esta pesquisa se iniciou com o objetivo de analisar os discursos neoliberais que legitimam as narrativas que sustentam as práticas mercantilistas na educação, tanto pública quanto privada. Como pesquisa-processo, seguindo a cartografia, o objetivo foi ampliado para análise de discursos que pudessem evidenciar as resistências de educadores diante dessas práticas que transformam a educação em um produto. Para isso, foram entrevistadas seis pessoas da rede pública e privada, a fim de estabelecer uma rede discursiva com enunciados que constróem esse objeto ao qual defino prática de resistência. As análises se dão a partir da perspectiva de estudos discursivos de base francesa, com autores como Dominique Maingueneau e Michel Foucault; e a partir também da pragmática, com Oswald Ducrot, que foi a base para analisar os subentendidos e desenvolver a ideia de que estes não são inferidos por meio da arbitrariedade do interlocutor, mas, sim, podem ser recuperados ao acionarmos uma rede de enunciados que compõem os discursos, ou seja, o subentendio tem materialidades enunciativas.Para pensar subjetividade, além de Michel Foucault, este trabalho traz concepções pautadas nos trabalhos de Gilles Deleuze, Félix Guattari e Suely Rolnik. No processo de pesquisa, outras necessidades teóricas surgiram para pensar as resistências e as subjetividades que atravessaram o córpus e que desenhavam que as resistências não eram apenas ao projeto neoliberal, mas ao projeto colonial que o antecede. Para isso, fazem parte também deste percurso Abdias Nascimento, Aparecida Bento, Frantz Fannon, Kabengele Munanga, Lia Schucman e Neusa Santos, além de outros teóricos cujas perspectivas partem de epistemologias da pós-colonialidade e decolonialidade