Vivências maternas de cuidados à criança portadora de cardiopatia congênita no domicílio
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11388 |
Resumo: | As malformações congênitas resultam da formação deficiente de tecidos. E podem surgir em vários sistemas do organismo da criança, inclusive no sistema cardíaco. As crianças portadoras de cardiopatia congênita tendem a apresentar atraso no crescimento, diminuição do débito cardíaco, aumento da pressão pulmonar, recidivas de infecções respiratórias e comprometimento no quadro nutricional. Embora a correção dos defeitos cardíacos tenha evoluído de modo considerável, ainda hoje não é possível a reparação por completo de algumas anomalias. Nesse contexto, a enfermagem deve criar, com a criança e sua família, estratégias de cuidados individualizados e de acordo com suas necessidades. Ao compreender que é no contexto domiciliar que o familiar encontra os maiores desafios para dar continuidade ao cuidado de sua criança, traçaram-se, como objeto de estudo, as práticas de cuidados de mães da criança portadora de cardiopatias congênitas no domicílio. Os objetivos do estudo são compreender os sentimentos das mães no processo de cuidar da criança portadora de cardiopatia congênita e descrever suas práticas de cuidado com a criança portadora de cardiopatia congênita no domicílio. Os alicerces teóricos deste estudo estão pautados nas concepções teórico-filosóficas de Collière sobre o cuidado e nas contribuições de Cabral sobre as demandas de cuidados com a criança com necessidades especiais de saúde. Metodologia: estudo de natureza do tipo qualitativa, cujos participantes foram 13 mães de crianças portadoras de cardiopatias congênitas. O cenário foi o ambulatório pediátrico de um hospital de ensino situado no estado do Rio de Janeiro. Os dados foram analisados com base na análise de conteúdo de Bardin. Emergiram as seguintes categorias analíticas: os diferentes medos que interferem no processo de cuidar da criança; os cuidados maternos ante a sintomatologia; o acompanhamento periódico nas consultas médicas e os cuidados com as atividades diárias da criança. Conclui-se que as mães apresentam diferentes medos em função de ter um filho com cardiopatia e estes acabam influenciando-as no modo de cuidar de seus filhos. Ante o aparecimento dos sinais e sintomas da doença na criança, ora elas desenvolvem um cuidado que vise à manutenção da vida, ora cuidam da criança com vistas a limitar sua doença e ou combater suas causas. No que tange às atividades diárias de recreação, optam por proporcionar brincadeiras passivas às crianças, ou seja, aquelas que não exigem esforços físicos, pois entendem que a brincadeira ativa pode trazer algum tipo de descompensação cardíaca em seus filhos. O estudo aponta a necessidade de os enfermeiros criarem espaços para as mães expressarem seus medos, dúvidas e dificuldades diante dos cuidados com seu filho, o que pode refletir numa maior segurança para cuidar de sua criança quando no domicílio. |