Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Veiga, Isis Nunes
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Orientador(a): |
Franco, Anamélia Lins e Silva
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Banca de defesa: |
Bastos, Ana Cecília de Souza Bittencourt
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Alcântara, Miriã Alves Ramos de |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Católica do Salvador
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Programa de Pós-Graduação: |
Família na Sociedade Contemporânea
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Departamento: |
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://ri.ucsal.br/handle/prefix/1535
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Resumo: |
Este estudo tem como objetivo principal analisar a experiência de mães de crianças com cardiopatia congênita em relação ao processo diagnóstico, tratamento e o período de hospitalização referente ao pré e pós-cirúrgico. Este tema tem sido abordado na literatura através da fenomenologia, da orientação psicanalítica e modelos de enfrentamento. Neste estudo foram exploradas as dificuldades relacionadas aos sintomas da doença, à hospitalização e às mudanças nos papéis desempenhados pela mãe como membro do grupo familiar. A análise do processo diagnóstico e tratamento, sua compreensão e repercussões no cotidiano das mães utilizou conceitos propostos por Bronfenbrenner. Trata-se de uma pesquisa qualitativa na qual foram entrevistadas quinze mães com idades entre vinte e um e trinta e oito anos. Para a coleta de dados utilizou-se uma entrevista semi-estruturada, orientada por um roteiro que aborda temas como o medo em relação à doença, as mudanças na rotina da família e no casamento. A análise foi realizada sob duas perspectivas: uma análise do conteúdo das entrevistas e uma análise orientada por conceitos propostos no modelo Bioecológico de Desenvolvimento Humano. A análise do conteúdo das entrevistas possibilitou afirmar que as mães têm seu cotidiano modificado pelas freqüentes hospitalizações e pelos limites ditados pela doença e seu tratamento. Foi possível perceber que, durante o processo diagnóstico, tratamento e hospitalização, a mãe é a pessoa mais próxima da criança e ela demonstra satisfação em poder estar acompanhando e cuidando do seu filho neste momento. A maior parte das mães relatou mudanças positivas no casamento, destacando o apoio e cuidado oferecidos pelo pai da criança. Através do modelo bioecológico, os resultados apontaram as mudanças ocorridas nos quatro níveis ambientais dos quais as mães participam: o microssistema da mãe passou a ser composto por relações com profissionais de saúde e a permanência dela no hospital cuidando do filho exemplifica uma díade de observação; a díade de atividade conjunta sofre impacto quando a mãe é privada de cuidar do filho na UTI, porém pode existir um fortalecimento desta díade através da evolução satisfatória da criança; foram constituídas díades primárias das mães com os profissionais de saúde; as mães desistem de trabalhar para cuidar do filho, o que demonstra interferência no mesossistema; o cotidiano da mãe fica submetido às regras e rotinas do hospital, além das exigências do tratamento, com repercussões no seu exossistema; com relação ao macrossistema foi observado que as condições estruturais do sistema de saúde brasileiro só passaram a ser conhecidas pelas mães após o processo diagnóstico e tratamento dos filhos. |