Diversidade da malacofauna terrestre em parcelas RAPELD no Parque Estadual da Ilha Grande, Angra dos Reis, Rio de Janeiro, Brasil
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Evolução |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/5894 |
Resumo: | Moluscos terrestres são considerados um dos grupos mais ameaçados e abundantes na Mata Atlântica, um dos biomas com a maior diversidade do mundo; no entanto, o déficit de estudos sobre a malacofauna é alarmante. O RAPELD é importante para a consolidação de pesquisas ecológicas de longo prazo no Brasil, pois um delineamento amostral padronizado permite a comparação de diferentes áreas e a investigação dos processos ecológicos que moldam a biodiversidade. O objetivo deste trabalho foi investigar a distribuição dos moluscos terrestres presentes em parcelas RAPELD/Módulo Leste, na Ilha Grande. As coletas foram realizadas em oito parcelas situadas no Parque Estadual da Ilha Grande. Estabelecemos 10 pontos de coleta a cada 25 metros na parcela e realizamos coleta direta durante 1 hora em cada ponto, perfazendo 10 horas de busca. A amostragem de serapilheira foi feita com quadrats de 25x75 cm, a qual foi triada para a busca de micromoluscos. Nós calculamos a riqueza e a abundância de espécies de cada parcela para avaliar a estrutura da comunidade. Para a análise da diversidade utilizamos o índice de Simpson, os estimadores não-paramétricos Jackknife 1 e chao 1 e índice de rarefação. Para verificar os fatores ambientais que mais influenciaram na composição e abundância das espécies e na separação das parcelas utilizamos a PCA e a NMDS. Nós observamos 373 espécimes pertencentes a 42 espécies, 30 gêneros e 11 famílias. A parcela com a maior abundância foi a L2_3500 com 108 espécimes (29%), seguida da L1_3500 com 66 espécimes (18%) e da L1_4500 com 47 espécimes (13%). A parcela L1_2500 apresentou a menor abundância, com apenas nove espécimes (2%). As parcelas estudadas que apresentaram a maior e a menor riqueza foram L2_4500 e L1_2500 com 19 (45%) e seis (14%) espécies, respectivamente. Scolodontidae foi a família com a maior riqueza, 28,5% da amostragem, seguida por Bulimulidae com 14,5% e, Charopidae e Subulinidae com 11% cada uma. Scolodontidae também foi a família mais abundante com 41% dos espécimes coletados. Beckianum beckianum (Pfeifer, 1846) foi a espécie com a maior abundância, com 48 espécimes (13%), distribuídos em apenas duas parcelas: L1_4500 com nove espécimes (19%) e L2_3500 com 39 espécimes (36%). Cinco espécies foram registradas pela primeira vez na Ilha Grande. A PCA para as oito parcelas indicaram que as temperaturas do solo e média do ambiente e as umidades da serapilheira e média do ambiente foram as que mais contribuíram nos dois primeiros eixos para a discriminação das parcelas em relação à caracterização do habitat, com destaque para a parcela L1_2500 que apresentou uma ampla separação em relação às demais parcelas. A regressão simples entre o eixo único do NMDS e o segundo eixo da PCA foi significativa (r=0,698; p=0,05), indicando que as assembleias de moluscos estão estruturadas segundo um gradiente de umidade. Esse trabalho é pioneiro em utilizar a metodologia RAPELD para estudo da distribuição de moluscos terrestres no Brasil e, através da integração com os dados oriundos de diferentes áreas, principalmente da botânica e pedologia, será possível obter novas informações sobre a distribuição da malacofauna em áreas de Mata Atlântica |