Diante da câmera: as performances do manifestante brasileiro a partir do documentário “O Muro”
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Comunicação Social Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Comunicação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16661 |
Resumo: | A partir de 2015, a forma como o brasileiro passou a comparecer às ruas para manifestações políticas mudou. No período, houve a ascensão de um novo protagonismo performático, que resgatava e ressignificava símbolos nacionais, sendo realizado principalmente pela nova direita do país. Nesta pesquisa utilizamos o documentário O Muro (2017), de Lula Buarque de Hollanda, como ocasião privilegiada para análise da construção performática do manifestante brasileiro, em especial dos que foram às ruas em 2016 contra e a favor do golpe. Partindo da hipótese que o manifestante performa e utiliza como recurso os símbolos que leva consigo, obtendo seu repertório oriundo de manifestações passadas registradas e divulgadas nos meios de comunicação, fazemos a seguinte pergunta: a partir de qual repertório performático político esta nova cena de protestos no Brasil foi formada? Com essas observações reunidas, este trabalho apresenta como ocorreu essa construção de repertório do manifestante brasileiro, utilizando como fonte material o audiovisual. Para tanto, empregou-se como metodologia a semantização progressiva de Bernardet (2003) e os verbetes do Dicionário de Símbolos (2019) de Chevalier e Gheerbrant, bem como textos de autores clássicos da performance e antropologia, com o corpus composto por imagens selecionadas do documentário. Dentro dessa perspectiva da simbólica do protesto e dos objetos e adereços que os manifestantes portam para performar, com símbolos como bandeiras, camisetas e suas cores, destacamos os discursos presentes no filme, a videoperformance proposta pelo roteiro e a simbologia nas imagens dos manifestantes, levando em consideração o contexto político e a época que a produção cinematográfica foi realizada. A construção visual dos manifestantes e as narrativas criadas a partir dela foram privilegiadas, levando em consideração a manifestação como campo para a criação de rituais, a contribuição midiática para a produção de imaginários e o etnocinema documental político colocado em contraponto. |