Gaston Bachelard e Robert Desoille: terapia e teoria da imaginação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Pereira, André Jorge Campello Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17983
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo mostrar que há uma teoria da imaginação na obra de Gaston Bachelard e que tal teoria serve de fundamento à terapia de Robert Desoille, denominada rêve-évéillé. Essa teoria se desenvolve ligada a um conceito específico de Fenomenologia, explicitado em seus textos. Ao longo da tese explicar-se-á que, de um lado, a teoria de imaginação bachelardiana recebe a contribuição de suas pesquisas em filosofia das ciências, no que se refere às novas exigências colocadas à razão pelas ciências do século XX, em oposição à concepção de razão definitiva propugnada pelas ciências dos séculos anteriores; e por outro lado, que Bachelard retira a imaginação do limitado papel de auxiliar do conhecimento, anteriormente considerada seja como resíduo da percepção, seja como etapa prévia e confusa do conceito. Ficará claro que a imaginação é um modo da experiência humana, e como tal, capaz de abrir novas possibilidades, novas formas de ser e propiciar uma transmutação de valores. Na conclusão da tese o termo terapia é considerado em suas origens e em sua mais ampla significação, e, uma vez que seja retirado dos estreitos limites da significação técnica atual, reencontra o significado que tinha na filosofia antiga, de exercício e de ação sobre si mesmo. A filosofia não se limitaria a ser um sistema de conceitos e proposições, e terapia poderia ser compreendida como um dos modos da filosofia.