A abstrata nudez do ser humano entre fronteiras
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Direito BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Direito |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/9833 |
Resumo: | A presente pesquisa objetiva compreender se o pertencimento a um Estado é necessário, ainda hoje, para a garantia da existência política do sujeito. Nesse sentido, foram investigados os aspectos que podem ter contribuído para a ascensão e consolidação do regime totalitário nazista na Europa do século XX, bem como em que medida resta alguma permanência desses elementos, apesar do fim do regime totalitário na Alemanha. Outrossim, partindo-se das experiências dos massacres realizados tanto durante as invasões do leste europeu quanto nos campos de concentração e extermínio, intenta-se analisar o processo de desnudamento do sujeito a partir da mitigação do seu vínculo com o Estado, estratégia identificada como ruptura e concomitante assunção do sistema de Estados nacionais vigente à época. Por fim, as categorias de ação política e vida supérflua, indicadas por Hannah Arendt, são utilizadas com o fito de se identificar nessa dinâmica estatal o nível de proteção e desproteção do indivíduo destituído de nacionalidade e/ou cidadania. Com base numa investigação de cunho eminentemente bibliográfico, o que se observa é que, inobstante toda a modificação ocorrida no sistema estatal, sobretudo no contexto internacional, permanências existem, considerando-se que a destruição do regime nazista não significa a falência do sistema de Estados nacionais. E, como a estratégia totalitária consistia, exatamente, em fazer perecer aquelas vidas tornadas desimportantes pelo próprio Estado, verifica-se que o mecanismo de exclusão da bíos da organização política ainda central no século XXI acarreta a fragilização da zoé, e vice versa. Dessa forma, faz-se fundamental pensar um espaço político de referência que concilie a vida à política, de modo independente do Estado. E então será possível reconstruir, de maneira significativa, a dinâmica internacional em relação à situação dos apátridas e refugiados. |