Efeito do extrato de Euterpe oleracea Mart. (Açaí) e do exercício físico sobre as alterações ocasionadas pelo diabetes tipo 2 induzido pela estreptozotocina e pela dieta hiperlipídica em ratos Wistar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Bem, Graziele Freitas de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16197
Resumo: RESUMO O diabetes mellitus do tipo 2 (DM2) é uma das doenças mais prevalentes da atualidade. A condição metabólica central nesta patologia são as alterações glicêmicas e no metabolismo lipídico. Dados da literatura sugerem que uma dieta rica em polifenóis pode estar envolvida na proteção contra o risco cardiometabólico. Outros estudos mostram que o açaí, fruto da Euterpe oleracea Mart., é rico em polifenóis e que o treinamento físico tem recebido crescente reconhecimento como um marco na prevenção e tratamento do DM2. Desta forma, o objetivo deste estudo foi ampliar nosso conhecimento sobre os mecanismos envolvidos nos efeitos benéficos do tratamento com o extrato hidroalcoólico do caroço do açaí (ASE), sobre as alterações fisiológicas, metabólicas, moleculares e morfológicas associadas ao modelo experimental de DM2 e avaliar se o exercício físico potencializa os efeitos do ASE. Dois grupos de ratos Wistar (180-200 g) foram alimentados com dietas experimentais: controle (10% de lipídeos); hiperlipídica (55% de lipídeos) durante cinco semanas. Na terceira semana o grupo hiperlipídico recebeu uma injeção intraperitoneal de estreptozotocina (35 mg kg-1). Após ser constatada a hiperglicemia os animais receberam dieta padrão, o ASE (200 mg kg-1) por gavagem intragástrica e colocados para treinar em esteira rolante por um período de quatro semanas, sendo divididos em oito grupos: controle sedentário e treino (CS e CT), controle ASE sedentário e treino (CAS e CAT), diabético sedentário e treino (DS e DT) e diabético ASE sedentário e treino (DAS e DAT). Avaliou-se a massa corporal, parâmetros da atividade física, glicemia, insulinemia, resistência à insulina, reatividade vascular, citocinas pró-inflamatórias, perfil proteico da cascata de sinalização da insulina no tecido adiposo epididimal (TAE) e no muscular esquelético, perfil proteico de proteínas associadas com síntese e secreção de lipídeos no fígado, dano oxidativo, atividade antioxidante enzimática, níveis de nitrito, acúmulo lipídico hepático, conteúdo de glicogênio e histologia hepática em animais diabéticos. O tratamento com ASE aumentou a distância percorrida e a duração da atividade física, durante o teste de esforço nos grupos CAT e DAT. A glicemia, insulina, resistência à insulina, os níveis séricos de TNF-α, expressão da pJNK no TAE, a reatividade de artérias mesentéricas à norepinefrina, a disfunção endotelial, os níveis de MDA e a carbonilação de proteínas, o perfil lipídico sérico e os triglicerídeos e colesterol hepáticos, a expressão da AMPK, FAS, HMG CoA-R, SREBP-1c e MTP no fígado, e a esteatose hepática foram reduzidos pelo tratamento com ASE e o exercício físico em animais diabéticos. O tratamento com ASE e o exercício físico aumentaram a funcionalidade das células beta-pancreáticas (HOMA-B), os níveis de HDL colesterol, a atividade antioxidante enzimática (SOD, CAT e GPx), os níveis de nitrito, a expressão de pIRS-1, GLUT-4 e adiponectina no TAE e de IR no tecido muscular esquelético, o conteúdo de glicogênio hepático e a expressão de pAMPK, pACC e ABCG8 no fígado de animais diabéticos. O tratamento com ASE promoveu efeitos benéficos sobre as alterações ocasionadas pelo DM2. Demonstramos também que a associação do exercício físico ao tratamento potencializou os efeitos do ASE em muitos dos parâmetros estudados. A ação anti-hiperglicêmica, as propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias induzidas pelo ASE devem contribuir para o potencial terapêutico do extrato.