Maré de fronteiras: a(s) perspectiva(s) de estudantes de uma escola pública municipal sobre o bairro Maré, Rio de Janeiro
Ano de defesa: | 2024 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação da Baixada Fluminense Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Comunicação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23616 |
Resumo: | A pesquisa foi desenvolvida em uma escola municipal na Maré, que divide três contextos distintos: de um lado estão as comunidades Praia de Ramos e Roquete Pinto (dominadas pela milícia), de outro, Parque União, Rubens Vaz, Nova Holanda e outras (dominadas pelo tráfico), e em frente a Avenida Brasil uma ocupação chamada de “Tijolinho". Assim, o trabalho reflete sobre as influências desses diferentes contextos territoriais no conjunto de relações sociais construídas no cotidiano escolar, levando em consideração os diferentes tipos de violências que expressam a multiplicidade desses territórios. A pesquisa, então, parte da representação cartográfica como um instrumento pedagógico para uma definição de Maré, já que o território mareense é repleto de sociabilidades que possibilitam pensar processos de ensino “outros” a partir do espaço vivido. O desenvolvimento da proposta metodológica ocorreu através de três ferramentas, sendo elas: os mapas do bairro, a utilização dos referenciais desenvolvidos pelos alunos (sociabilidades, memórias) e a localização da moradia como ponto de partida para materialização dos fatores geográficos/socioespaciais, e os trajetos e espaços da região que são vivenciados. Nesse sentido, a pesquisa se debruçou na construção de “mapas sociais” através de quatro oficinas, realizadas com cerca de 80 alunos do 6º ano, de três turmas distintas, entre os anos de 2021 e 2023. Para mais, quatro pontos foram cruciais e orientaram essa pesquisa: as perspectivas que envolvem criança, a cidade e a escola, a cartografia social, a abordagem das oficinas e as produções derivadas delas e o relato etnográfico. Partindo de uma realidade local, esse trabalho apresenta reflexões mais amplas que acreditamos contribuem para enriquecer e qualificar os debates tanto no campo dos estudos urbanos quanto no campo da educação. Desse modo, essa pesquisa com crianças buscou evidenciar a importância desse segmento para debates sobre a vida urbana, como parte constituinte e, ainda, dando-lhes protagonismo nesse processo. Com a pesquisa pudemos também refletir e apontar que o bairro e a cidade, enquanto componentes territoriais, permitem/possibilitam e/ou restringem/constrangem os processos de educabilidade das crianças da/na favela. |