Les batucadas en France: incorporations et représentations du Brésil au XXIe siècle
Ano de defesa: | 2018 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Instituto de Ciências Sociais Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19015 |
Resumo: | Na França dos anos 1970 surgem as primeiras orquestras percussivas designadas "batucadas". Inspirando-se em ritmos da cultura popular brasileira (principalmente o samba, samba-reggae e maracatu), estas se organizam como associações (Journal Officiel des Associations) e conhecem um aumento considerável a partir dos anos 2000, quando o cenário musical francês se mostra favorável ao consumo da "world music". Primeiramente, a propagação da batucada na França justifica-se em razão do seu formato musical – prática de grupo – e de suas características estéticas ligadas à uma dimensão "popular", pouco presentes nas músicas e na sociedade francesa em geral. Entretanto, um outro fator alimenta o interesse dos percussionistas francófonos : as representações às quais esta música é associada. Segundo uma imagem difundida internacionalmente, o Brasil é um país onde a "democracia racial" existiria. Nos dias atuais, o tema da "diversidade cultural" é defendido por diversos atores, integrando uma grande parcela dos discursos politicos e institucionais europeus. Neste contexto, a atração exercida pela batucada – música que remete à uma alteridade dos "Outros" – pode ser reveladora de dinâmicas próprias à sociedade onde ela é "incorporada". Os encontros entre percussionistas brasileiros e "gringos" são atravessados por relações de poder historicamente construídas entre África, Brasil e Europa. Entre deleites estéticos e reivindicações identitárias que se expressam "em situação", os discursos e performances dos praticantes francófonos ganham corpo. |