Análise das ações de profilaxia da transmissão vertical do HIV no período de 2007 a 2018 no Núcleo Perinatal/HUPE/UERJ
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21909 |
Resumo: | O progressivo aumento do número de casos de AIDS entre as mulheres e consequentemente da transmissão vertical do HIV, vem assumindo grande importância epidemiológica, recebendo atenção especial com a implementação das recomendações do Ministério da Saúde para profilaxia da transmissão vertical do HIV (TVHIV) e terapia antirretroviral em gestantes. Apesar dos esforços direcionados para o desenvolvimento das ações relacionadas a essas recomendações, os dados referentes à monitorização das etapas de intervenção para a profilaxia da TVHIV ainda são escassos e sugerem diversas falhas no processo, por esses motivos esta tese tem como objetivo: Avaliar as ações adotadas no Núcleo Perinatal da UERJ (NP-UERJ) para a profilaxia da transmissão vertical do HIV. Trata-se de um estudo de coorte retrospectivo. A população foi constituída por 323 mães HIV-positivo e seus bebês, atendidos no NP-UERJ, município do Rio de Janeiro, no período 2007-2018. Os dados foram coletados de registros hospitalares das gestantes recém nascidos, As variáveis utilizadas foram os dados da gestação, parto, puerpério e do acompanhamento do RN. Os dados foram descritos através de proporções, médias, desvios-padrão e medianas. O nível de significância foi estabelecido com p-valor <0,05. O processo de entrada e análise estatística dos dados foi realizado através do Programa Computacional EPI-INFO 3.5.2. A mediana da idade foi de 27 anos (14-44), sendo 12,7% (41) adolescentes. A maioria (66,8%) soube de sua infecção durante a gestação: 39,4% na gravidez atual e 27,4% na gravidez anterior. A incidência de TVHIV foi de 2,7 (2/73) em 2007-2009, 1% (2/197) em 2010-2015,não houve TVHIV entre 2016-2018 . A carga viral no 3º trimestre da gestação foi >1.000 cópias/mL ou desconhecida em todas as mães dos bebês positivos e em 18,7% (42/225) das mães com bebês negativos (p=0,003). O tempo de uso da TARV foi > 4 semanas em 92,3% (264/286) das mães com bebê HIV-negativo e em 50% (2/4) no grupo HIV-positivo (p=0,03). Não houve diferença significativa no Apgar no 5º minuto entre os bebês HIV-positivo e negativo (p=0,96). Um dos bebês infectados (25%) e 2 (0,8%) dos bebês negativos não usaram AZT oral (p=0,04). Não houve associação entre amniorrexe e TV (p=0,99), com o estado conjugal (p=0,54), etnia (p=0,65), adolescência (p=0,42), via de parto (p=0,99), início do pré-natal (p=0,44) ou com comorbidades maternas (p=0,48). A conclusão do estudo aponta que os principais fatores associados à TVHIV são a carga viral materna elevada no 3º trimestre, o tempo de uso da TARV e a não administração de AZT para o recém-nato. O pré-natal é de fundamental importancia para o diagnóstico do HIV e início precoce da profilaxia da TVHIV, com melhores resultados perinatais |