Probabilidade de internações repetidas: estudo de validação preditiva de um instrumento de rastreamento de fragilidade em idosos
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8628 |
Resumo: | A identificação de idosos com risco de fragilização é uma estratégia utilizada para o planejamento de ações de saúde e otimização de recursos, de acordo com o perfil funcional do indivíduo, e permite a sua inserção em programas especializados. Boult e colaboradores desenvolveram e validaram o instrumento Probabilidade de internações repetidas (Pir) para o rastreamento de idosos vulneráveis residentes na comunidade. Apesar da longa história indicando a utilidade do Pir, as evidências atualmente disponíveis sugerem que sua validade deve ser reconsiderada. Os objetivos do presente estudo foram avaliar a validade preditiva do Pir quanto ao uso de serviços de saúde, dependência funcional e óbito e os fatores associados ao risco de internações repetidas em uma amostra comunitária de idosos na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. O presente trabalho é parte do estudo Fragilidade em Idosos Brasileiros seção Rio de Janeiro, e utilizou dados da linha de base e do seguimento da coorte em sua fase III. A amostra foi composta por idosos residentes em bairros da zona norte da cidade do Rio de Janeiro. Na linha de base, 764 idosos foram estratificados pelo Pir e realizou-se o estudo de associação entre o risco de internação e um conjunto de variáveis independentes através análise de regressão logística. Após três anos, dados referentes à utilização dos serviços de saúde e ao estado vital foram coletados. Para analisar a acurácia do instrumento, avaliou-se a área sob a curva e utilizou-se um modelo de Kaplan-Meier para estimar curvas de sobrevida de acordo com os estratos de risco. Associaram-se ao risco de internação a presença de câncer, quedas, doença pulmonar obstrutiva crônica e uso de medicamentos, bem como a receber visita de profissional da saúde, ter estado acamado no domicílio, morar só e ser independente para as atividades de vida diária. A acurácia variou entre 68% (IC 95% 63-73%) para a ocorrência de óbito e 58% (IC 95% 50-66%) para visitas domiciliares por profissionais de saúde. A sensibilidade e especificidade variaram entre 8,2% e 94,2%, para internação em um ano, e 19,2%, e 95,5% para dependência funcional. As curvas de sobrevida mostraram que os indivíduos de alto risco tinham maior probabilidade de morrer quando comparados aos de baixo risco (p <0,001). Pode-se considerar que o Pir não apresenta validade preditiva para o rastreio de idosos frágeis, ou grandes usuários de serviços de saúde, residentes na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, principalmente devido a sua baixa sensibilidade e pouca acurácia. |