O acompanhante de criança submetida à cirurgia cardíaca: possibilidades de atuação do enfermeiro
Ano de defesa: | 2007 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11319 |
Resumo: | Na minha experiência profissional na assistência, em uma instituição hospitalar da rede estadual de saúde do Rio de Janeiro especializada em cardiologia, cuidando de crianças com cardiopatias congênitas, vivenciei algumas situações decorrentes da falta de orientação dos acompanhantes. A partir de então, surgiram alguns questionamentos quanto a que tipo de informação esses acompanhantes recebem quando chegam, a saber, que a criança será submetida a uma cirurgia e o que pode vir a acontecer com ela. Desse modo, o enfermeiro ao recepcioná-los na instituição hospitalar precisa atentar para alguns aspectos tais como: o acompanhante entender o que se passa com a criança desde a condição de saúde até o procedimento cirúrgico; além do que poderá ocorrer naquele contexto da internação. Nesse sentido, tracei como objeto de estudo o atendimento no ambulatório de cirurgia cardíaca pediátrica, e o objetivo de compreender a expectativa do acompanhante que vem para o atendimento no ambulatório de cirurgia cardíaca. Dessa forma, foi possível a apreensão do típico da ação do acompanhante que traz a criança ao atendimento no ambulatório de cirurgia cardíaca. Trata-se de estudo de caráter exploratório-descritivo, do tipo qualitativo, baseado fundamentalmente na fenomenologia sociológica de Alfred Schutz. Os sujeitos foram as acompanhantes de crianças que realizaram cirurgia cardíaca e que retornaram para a revisão ambulatorial. A entrevista fenomenológica foi o instrumento utilizado para a captação das falas desses sujeitos, que, na relação face a face, possibilitou a descrição de suas experiências vivenciadas e a apreensão do típico da ação desses atores sociais. Para tanto foi utilizada a seguinte questão orientadora que permitiu a captação do motivo para: Quais as suas expectativas quanto ao atendimento quando vem ao ambulatório? Assim, o típico da ação que surgiu das falas das acompanhantes de criança que se submeteram à cirurgia cardíaca é obter uma boa notícia . Essas mulheres têm em comum ter um filho que se submeteu à cirurgia cardíaca e essa vivência faz com que algumas delas tenham a preocupação de ter que passar por isto novamente, ou seja, seu filho realizar outra cirurgia cardíaca. Elas esperam que isto não ocorra, ou então, que o intervalo entre as consultas se prolongue para que o retorno delas à unidade hospitalar seja cada vez menor. Acredito que uma abordagem da enfermagem na consulta ambulatorial poderá diminuir as tensões criadas nessas acompanhantes pela expectativa de saber se a criança vai reinternar para realizar uma cirurgia ou não, e os esclarecimentos quanto aos cuidados domiciliares que podem auxiliar na tranqüilidade dessas mulheres. Deste modo, penso que o enfermeiro deva realizar a assistência à saúde centrada na criança e na pessoa que a acompanha ressaltando que o cuidar envolve todo o contexto entre a criança e o que está ao seu redor, ou seja, a acompanhante. |