Acesso de novos usuários aos Centos de Atenção Psicossocial nas Áreas de Planejamento 3.1, 3.2 e 3.3, no município do Rio de Janeiro, sob a perspectiva da gestão dos serviços.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Marçal, Fabiano Candido
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/3942
Resumo: O objetivo deste trabalho é trazer para a discussão da Reforma Psiquiátrica o tema do acesso de novos usuários nos CAPS. Apresentamos um breve histórico da Reforma Psiquiátrica e, em seguida, expomos o conceito de acesso segundo compreendem Giovanella e Fleury. Após isso, demonstramos como o acesso se relaciona com os conceitos de território e responsabilização, operacionalizando-se no cotidiano dos CAPS a partir do conceito de acolhimento. A partir disso, realizamos uma pesquisa exploratória com três etapas. Na primeira, a partir da definição de acesso e suas dimensões, segundo Giovanella e Fleury (1996), apresentamos como ele comparece nas Conferências Nacionais de Saúde Mental. Na segunda (descritiva) e na terceira (analítica), nos detivemos nos CAPS II e III das AP s 3.1, 3.2 e 3.3. Na etapa descritiva, apresentamos dados extraídos dos accountabilities de 6 CAPS referentes ao ano de 2016. Constatamos que existe um modelo de accountability, porém os CAPS não o seguem por completo, o que gerou dificuldades na análise dos dados. Expomos também dados gerais sobre quantidade de usuários atendidos nos CAPS, bem como o número de usuários novos recepcionados no ano de 2016, e constatamos que os CAPS da AP 3.2 apresentam valores menores que os outros. Na etapa analítica, utilizamos de entrevistas semiestruturadas para compreender como se dá o acesso de novos usuários nos referidos CAPS sob a perspectiva da gestão dos serviços, a partir do que chamamos de processo de recepção, avaliação e tomada de decisão, que compreende desde o momento em que o usuário chega pela primeira vez ao serviço até a conclusão da avaliação de indicação para tratamento em CAPS, e analisamos os resultados a partir dos conceitos que expomos anteriormente. Entrevistamos sete profissionais ligados à gestão dos serviços e encontramos três tipos de organização desses processos: acolhimento diário, grupo de recepção e miniequipes. Em seguida, expomos temas que estão presentes nas entrevistas e que dizem respeito a todos os tipos de processos. Constatou-se que: o critério para tratamento em CAPS é a gravidade, que é apreendida em duas dimensões: sintomatológica (aguda ou não) e de vulnerabilidade, e que independe do diagnóstico; situações de usuários em primeira crise, possibilidades de cronificação e risco de suicídio ampliam a complexidade da avaliação e que o encaminhamento dos usuários que não tem indicação para tratamento em CAPS têm sido difícil, principalmente para os ambulatórios da rede. Finalmente, indicou-se a necessidade de mais estudos sobre os temas presentes nesta pesquisa.