Performatividades de gênero e a presença das mulheres na física: o que reiteram as/os professoras/es da licenciatura em física?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Lopes, Hellen Vanessa da Silva lattes
Orientador(a): Heerdt, Bettina lattes
Banca de defesa: Lima Junior, Paulo Roberto Menezes lattes, Godoy, Marcela Teixeira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Departamento de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3930
Resumo: O número de mulheres atuando ou estudando na área da Física sempre foi menor do que o de homens. Embora existam pesquisas, tal como a ideia do “labirinto de cristal” e o “teto de vidro”, de que barreiras “invisíveis” bloqueiam o caminho das mulheres em suas carreiras, poucas tratam do discurso das/os professoras/es universitários em relação à lacuna de gênero na Física. A partir dessa problemática, propomos a questão de pesquisa: como se reiteram os discursos das/os professoras/es da licenciatura em física no que diz respeito às relações entre gênero e Física? O objetivo desta investigação é a de compreender os discursos reiterados pelas/os professoras/es da licenciatura em Física no que diz respeito às relações entre gênero e Física. O objeto desta pesquisa é o discurso das/os professoras/es da licenciatura em Física. Os nossos objetivos específicos, pensando nas teorias de Judith Butler, Donna Haraway e Betina Stefanello Lima, serão: discutir as relações entre performatividade de gênero e o discurso das/os professoras/es da Física; localizar as/os sujeitas/os e a corporificação de seus discursos e identificar de que forma o “labirinto de cristal” pode aparecer nos discursos dessas/es professoras/es. O caminho metodológico da pesquisa é pós-crítico, ou seja, utilizamos de teorias pós-estruturalistas para olhar para a educação, considerando nossa parcialidade e localização no tempo e espaço. Realizamos uma entrevista semiestruturada com duas professoras e dois professores da graduação em licenciatura em Física. Para a análise criamos ferramentas de investigação dos discursos das/os sujeitas/os entrevistadas/os que são nossos guias, como: os discursos de driblagem, discursos do sexismo automático, discursos do sexismo instrumental, discursos de saberes descorporificados, discursos de performatividades generificadas e discursos de subversão às normas de gênero. Observamos diversas reiterações discursivas, como jornadas múltiplas de trabalho, do “feminismo liberal”, do manterrupting, da construção da identidade da Física enquanto sujeito imparcial e racional, das normas de gênero na Física que associam essa ciência ao masculino e de reações subversivas por parte de alunas e professoras.