Rede de apoio do aleitamento materno nos Campos Gerais, Paraná: um diagnóstico situacional segundo a perspectiva dos profissionais de saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Arantes, Bárbara Mafra Neves lattes
Orientador(a): Borges, Pollyanna Kássia de Oliveira lattes
Banca de defesa: Preuss, Lislei Teresinha lattes, Souza, Silvana Regina Kissula lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Departamento: Setor de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3105
Resumo: O aleitamento materno deve ser iniciado na primeira hora após o nascimento e mantido como única fonte de alimentação do bebê até os 6 meses de vida, devendo ainda ser ofertado, juntamente com a alimentação saudável, pelo mínimo período de 24 meses. Apesar de a amamentação ter sua importância reconhecida e ser considerada como prática de excelência para alcançar o desenvolvimento das crianças com boas condições de saúde e nutrição, ainda são frequentes os casos de desmame precoce, suscitando a necessidade de priorizar a promoção dessa prática dentro das políticas públicas, pois a fragmentação da atenção que lhe é atribuída revela a debilidade das redes de apoio e das políticas públicas que respaldam o aleitamento materno no Brasil. Frente ao exposto, o presente estudo objetivou investigar as fragilidades e potencialidades do apoio ao aleitamento materno, segundo a perspectiva de profissionais da atenção básica, especializada e hospitalar no cuidado materno-infantil nos municípios da região dos Campos Gerais, Paraná. Por meio de um estudo observacional transversal descritivo, esta pesquisa contou com métodos quali-quantitativos, executados em 3 fases distintas: Fase 1 quantitativa (levantamento de dados sobre aleitamento materno em Ponta Grossa), Fase 2 quali-quantitativa (verificação das fragilidades e potencialidades sentidas por servidores da atenção primária, secundária e terciária) e Fase 3 qualitativa (proposta de narrativa, para a investigação das fragilidades e potencialidades no apoio ao aleitamento materno). Os achados deste estudo revelam que a atual situação do aleitamento materno nos Campos Gerais vai ao encontro das fragilidades e potencialidades por ele apontadas. Os investimentos em recursos humanos realizados até o momento, como a formação de tutores pela Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil e o apoio às capacitações voltadas à amamentação contribuíram para os avanços alcançados até o momento. Porém, a falta de comunicação entre os níveis de atenção, a escassez de recursos financeiros, de flexibilidade nas agendas de trabalho e de pontos de apoio especializados para atendimento em aleitamento materno são algumas das fragilidades levantadas às quais se atribuem os entraves do bom funcionamento da rede. Conclui-se, portanto, que o fortalecimento das políticas públicas brasileiras é primordial para o avanço da adesão ao aleitamento materno e que a integração entre todos os pontos e níveis de atenção da rede se torna possível quando há abertura para discutir, traçar metas e objetivos em comum entre eles, além de investimentos em formação permanente e sensibilização para o trabalho na área.