Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Camargo, Guilherme dos Anjos
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Orientador(a): |
Farago, Paulo Vitor
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Banca de defesa: |
Novatski, Andressa
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Boscardin, Patricia Mathias Doll
,
Cruz, Letícia
,
Campesatto, Eliane Aparecida
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmaceuticas
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Departamento: |
Departamento de Ciências Farmacêuticas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3717
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Resumo: |
O tacrolimus (TAC) é um medicamento de origem natural utilizado na aplicação tópica convencional para o controle de doenças autoimunes cutâneas, como a dermatite atópica, a psoríase e o vitiligo. No entanto, a aplicação direta do medicamento muitas vezes causa efeitos adversos significativos em alguns pacientes acarretando em uma menor adesão ao tratamento. Assim, o desenvolvimento de sistemas de liberação modificado pode ser utilizado para intensificar a permeação cutânea, reduzir a dose aplicada topicamente, diminuir os efeitos adversos e aumentar a biodistribuição do fármaco. A partir disso, o objetivo do presente trabalho foi avaliar in vitro e in vivo as nanocápsulas de poli(ԑ-caprolactona) contendo TAC desenvolvidas, caracterizadas e quantificadas previamente. O estudo da estabilidade das nanocápsulas de PCL foi conduzido utilizando a espectroscopia Raman. O mecanismo de liberação in vitro do fármaco foi estudado a partir do ensaio de liberação, avaliando a cinética de liberação por modelos matemáticos de ordem zero, primeira ordem, Higuchi, KorsmeyerPeppas e Hixson-Crowell. A permeação cutânea in vitro foi analisada utilizando células verticais de difusão de Franz e a técnica de espectroscopia fotoacústica. A atividade anti-inflamatória foi avaliada in vivo segundo o modelo da indução do edema de orelha em camundongos Balb/c machos. A análise dos resultados Raman demonstrou que o mecanismo de degradação das nanocápsulas ocorreu principalmente em domínios amorfos do PCL e resultou em um aumento da cristalinidade do polímero, concluindo que as nanopartículas tiveram uma estabilidade adequada em até 60 dias após a preparação. A liberação do fármaco em experimentos in vitro mostraram uma liberação controlada do TAC. O estudo da cinética de liberação mostrou uma cinética de ordem zero e de acordo com o modelo Korsmeyer-Peppas, foram observadas características de transporte anômalas. Segundo o estudo de permeação in vitro utilizando o modelo de células de Franz foi possível observar que tanto o fármaco livre como a formulação permaneceram retidas nas membranas, sendo o desejável para a aplicação tópica. O ensaio de permeação pela espectroscopia fotoacústica revelou que as nanocápsulas foram capazes de reduzir a permeação cutânea do TAC por todas as camadas da pele, melhorando a biodistribuição e acumulando a maior concentração das nanopartículas no estrato córneo, epiderme viável e na região dérmica. As nanocápsulas de PCL carregadas com TAC exibiram excelente atividade anti-inflamatória quando comparadas ao fármaco livre e, portanto, essas nanocápsulas podem ser usadas adequadamente como uma nova forma farmacêutica para o controle de doenças autoimunes cutâneas e os resultados fornecem uma base experimental para considerar as formulações uma estratégia viável de administração tópica, |