Avaliação comportamental frente a exposição crônica de baixas doses de Paraquat e associações em ratos Wistar machos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Fernandes, Lilian Caroline lattes
Orientador(a): Miyoshi, Edmar lattes
Banca de defesa: Vellosa, José Carlos Rebuglio, Vechia, Débora Dalla
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Biomédicas
Departamento: Setor de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2596
Resumo: O aumento progressivo da população e da produção de alimentos torna o uso de agrotóxicos essencial. O Brasil tem notoriedade à nível mundial na quantidade desses produtos comercializados, sendo destaque desde 2008. As classes mais utilizadas são os herbicidas, fungicidas e inseticidas. Sabe-se que esses produtos apresentam risco a saúde humana, podendo afetar múltiplos sistemas. Além disso, alguns estudos estão demonstrando efeitos neurotóxicos e comportamentais causados por esses agentes, no entanto, o mecanismo desse efeito permanece incerto. Os pesticidas têm diferentes mecanismos de ação e ainda, podem apresentar efeitos sinérgicos entre si. Com isso, o presente estudo busca avaliar se a exposição ao Paraquat, que é um herbicida, amplamente utilizado devido ao seu baixo curso e amplo espectro de forma isolada e as associações com Mancozeb, que é um fungicida e com o Clorpirifós, que é um inseticida são capazes de produzir efeitos comportamentais. Para isso, foram utilizados 48 ratos machos da linhagem Wistar divididos em 4 grupos de acordo com o agente de exposição: Controle/Água (N=12), Paraquat 1mg/kg (N=12), Paraquat 1mg/kg e Mancozeb 3 mg/kg (N=12), Paraquat 1mg/kg e Clorpirifós 0,3 mg/kg (N=12). A exposição ocorreu diariamente durante 28 dias por via oral (gavagem). Após o período de exposição, foram realizados os testes de preferência à sacarose, reconhecimento social, campo aberto, reconhecimento de objetos, labirinto em cruz elevado e natação forçada. Como resultado têm-se que os animais submetidos ao tratamento apresentaram déficit na memória social e declarativa, evidenciado pelo teste de reconhecimento social e de objetos. Além disso, apresentaram também sinais do tipo ansiogênicos e depressivos demonstrado pelo teste de labirinto em cruz elevado e natação forçada. Além dos sinais não motores os animais também apresentaram comprometimento motor, evidenciado pelo teste de campo aberto. Como conclusão, demonstramos que a exposição ao Paraquat e associações com Mancozeb e Clorpirifós causou alterações comportamentais nos animais submetidos a exposição com Paraquat e associação com Mancozeb e Clorpirifós.