Experiências e sensações: o consumo de jornalismo imersivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rocha, Angelo Eduardo lattes
Orientador(a): Rocha, Paula Melani lattes
Banca de defesa: Bianchi, Graziela Soares lattes, Rodriguez, Maria Isabel Fidalgo lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Jornalismo
Departamento: Departamento de Jornalismo
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3549
Resumo: A pesquisa tem como objeto a relação entre o consumo de um acontecimento jornalístico e a narrativa imersiva, considerando a imersão, sensação de presença, empatia, outras experiências e manifestações. Para atender os objetivos da pesquisa, sistematiza-se um estado da arte sobre Jornalismo Imersivo entre 2010 a 2020; investiga-se a compreensão e apreensão de um acontecimento jornalístico em uma peça de Jornalismo Imersivo em 360 graus; e afere-se a forma que as experiências, imersões e sensações são obtidas e percebidas por cinco consumidores(as) a partir do consumo com óculos de Realidade Virtual e fones de ouvido, do objeto empírico, “Rio de Lama: A maior tragédia ambiental do Brasil”. A peça jornalística imersiva em 360 graus registra vivências de moradores, espaços, estragos sociais e ambientais ocorridos na vila de Bento Rodrigues, distrito de Mariana (MG) em 2015. É uma pesquisa qualitativa, na modalidade de estudo de caso e com abordagem metodológica triangular envolvendo pesquisa bibliográfica, consumo da peça imersiva (dividido em questionário, observação e entrevistas semiestruturadas) e análise de conteúdo das entrevistas, observações e questionários. A base teórica utilizada parte da noção de que a imersão (ARONSON-RAHT et al., 2015; DOMÍNGUEZ, 2013a, 2015, 2017) não depende da tecnologia utilizada, mas sim do interesse em obter sensações, como, a sensação de presença (DOMÍNGUEZ, 2013a; DE LA PEÑA et al., 2010; SLATER; WILBUR, 1997), empatia (DOMÍNGUEZ, 2013a; STEINFELD, 2019; BUJIC et al. 2020) e outras manifestações subjetivas de cada sujeito no consumo imersivo. O trabalho está estruturado em três capítulos: 1) um estado da arte sistematizando características estruturais do Jornalismo Imersivo na última década (2010-2019). A partir da Análise de Rede Social (ARS) apresenta características estruturais dos estudos sobre o objeto e revisa 20 pesquisas mais referenciadas nesse período; 2) discussões atualizadas sobre o tema, publicadas em 2020, na busca de contribuir com estudos futuros. Também localizamos e revisamos oito pesquisas relacionadas ao consumo de Jornalismo Imersivo; por fim, o capítulo 3) a análise de conteúdo do consumo da peça imersiva, com auxílio do software IRAMUTEQ, a partir da triangulação das observações de cada consumo, dados obtidos nas entrevistas semiestruturadas e no questionário aplicado e aspectos teóricos adotados. A pesquisa constata que o consumo da peça imersiva em 360 graus, Rio de Lama, realizado com diferentes tecnologias de óculos, por usuários(as) acostumados(as) e não acostumados(as) com Realidade Virtual, resultou em uma compreensão outra da que tinham sobre o acontecimento antes do consumo. Notamos que a sensação de presença e empatia são elementos fundamentais para o Jornalismo Imersivo gerar conexão e sensibilidade com o acontecimento real. A presença virtual propicia a credibilidade e contextualização do acontecimento jornalístico, confirmando então, discussões postas por Domínguez (2013a, 2015, 2017) e Pavlik (2001).