Efeitos do exercício aeróbio e de força nas respostas hemodinâmicas, autonômicas e de função endotelial em indivíduos pré-hipertensos com sobrepeso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Lima, Tainah de Paula
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8771
Resumo: Embora a prática de exercícios físicos atue na redução da pressão arterial (PA), os mecanismos subjacentes a esse efeito ainda são controversos. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito agudo do exercício aeróbio (EA) e de força (EF) sobre variáveis hemodinâmicas, autonômicas e de função endotelial em indivíduos pré-hipertensos com sobrepeso. Quinze homens (34,7 ± 9,7 anos) realizaram o EA (30 minutos em cicloergômetro, com intensidade equivalente à frequência cardíaca (FC) do limiar ventilatório 1); EF (10 séries de 12-15 repetições, com carga correspondente à 70% de 15 repetições máximas - RM) e a sessão controle (CTL), em ordem contrabalanceada. Anteriormente ao protocolo experimental, os indivíduos realizaram a avaliação do nível habitual de atividade física e da função endotelial de repouso; o teste de força para 15RM no exercício cadeira extensora e o teste cardiopulmonar de exercício em cicloergômetro. Em todas as sessões foram obtidos o registro contínuo da PA, débito cardíaco (DC), resistência vascular periférica (RVP, através de fotopletismografia com Finometer Pro), avaliação reflexão da onda de pulso (através de tonometria de aplanação com SphygmoCor), variabilidade da frequência cardíaca (com frequencímetro Polar® RS800) e função endotelial (através de tonometria arterial periférica com EndoPat 2000). Ambos os exercícios aumentaram a PA sistólica no período de recuperação em relação à situação pré-exercício. Este fenômeno ocorreu a partir de 20 minutos para o EF (+4,0±0,4 mmHg) e a partir de 40 minutos para o EA (+5,0±0,3 mmHg), com concomitante aumento desde o início da recuperação para a FC (EF: +21,5±0,1 bpm; EA: +11,5±0,2 bpm) e DC (EF: +2,2±0,0 l/min; EA: +0,9±0,1 l/min) para ambos os tipos de exercício. Porém, somente o DC se recuperou ao final de 60 minutos após a realização do EA (-0,4±0,1 l/min). Embora a RVP tenha reduzido inicialmente para ambos os tipos de exercício (EF: 0,18±0,1 mmHg.l/min; EA: 0,08±0,1 mmHg.l/min), esta não foi suficiente para sobrepor o incremento imposto pelo DC. Em adição, ambos os exercícios reduziram significativamente alguns parâmetros da reflexão da onda de pulso (EF: pressão de pulso aórtica: 6,5±0,2 mmHg; AE: pressão de pulso aórtica: -4,0±0,5 mmHg; pressão de aumento: -2,4±0,0 mmHg; índice de incremento: -5,1±0,5 %), porém sem repercussão na função endotelial. O balanço simpatovagal (LF/HF) apresentou aumentos nos minutos iniciais e finais da recuperação para o EA (0,9±0,2 vs 0,7±0,2) e durante todo o período de recuperação após o EF (1,1±0,2). Em conclusão, nestes indivíduos pré-hipertensos com sobrepeso, nenhum dos protocolos foi capaz de provocar hipotensão pós-exercício, tampouco modificações na função endotelial. Em adição, o EF exerceu maior influência no LF/HF em relação ao EA, afetando diferentemente as respostas pressóricas na situação pós-exercício. Por fim, ambos os tipos de exercício reduziram as variáveis relacionadas à reflexão da onda de pulso.