Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, William Fernandes de
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Orientador(a): |
Pacheco, Keli
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Banca de defesa: |
Tonus, José Leonardo
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Oliveira, Silvana
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós - Graduação em Estudos de Linguagem
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Departamento: |
Departamento de Estudos da Linguagem
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3068
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Resumo: |
Esta dissertação tem como objetivo a produção de uma leitura comparada entre dois romances de Clarice Lispector, a saber, O lustre (publicado pela primeira vez em 1946) e A maçã no escuro (1961). Nesse sentido, pautamos nossas análises a partir de questões relacionadas ao exílio e ao movimento como caráter nômade, passando pela temática da existência, da experiência e do testemunho. Dessa forma, temos, aqui, dada teorização de Jean-Luc Nancy (1996), em que o exílio é visto como condição da existência; algo que recai, então, na impossibilidade de dado indivíduo de se definir, posto que seu ato de existir, ou seja, seu exílio, não possui um ponto de partida ou de chegada, já que seu exílio independe de um banimento. Do mesmo modo, vemos na concepção de nomadismo, de Gilles Deleuze e Félix Guattari (1997), a possibilidade de um movimento que se estabelece em três momentos: a territorialização, a desterritorialização e a reterritorialização. Por considerarmos que essas perspectivas possuem uma familiaridade entre si, também construímos uma noção de fracasso do sujeito (seja em sua própria definição, em relação à linguagem ou mesmo em sua interação com o mundo ao seu redor), funcionalizada a partir do diálogo entre tais conceitos e as obras literárias acima citadas. Assim, articulamos essas noções com os romances, guardando um grande interesse em Virgínia e Martim, seus respectivos protagonistas. Nesse empenho, pensamos que é possível perceber movimentos contrários que apontam para uma mesma direção, que gira em torno do questionamento do sujeito, da linguagem e do mundo; estando pautada, a partir dessas três instâncias, a questão de uma falha persistente, posto que Virgínia, em O lustre, tenta entender o mundo a partir de sua linguagem, e Martim, do lado contrário, procura construir um mundo novo com uma linguagem inédita – e ambas experiências parecem ser incompletas. |