As representações sociais dos acadêmicos do curso de licenciatura em educação física sobre o que é ser professor. 2017, 182f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual de Ponta Grossa. Ponta Grossa, 2017.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Honorato, Ilma Célia Ribeiro lattes
Orientador(a): Madrid, Silvia Christina de Oliveira lattes
Banca de defesa: Oliveira, Amauri Aparecido Bássoli de, Tassa, Khaled Omar Mohamad El, Cruz, Gilmar de Carvalho, Brandt, Célia Finck
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Departamento de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2364
Resumo: Esta tese tem como objeto de pesquisa a formação inicial do professor de Educação Física a partir dos pressupostos teóricos metodológicos da Teoria das Representações Sociais (TRS). Trata-se de uma pesquisa quali-quantitativa e caracteriza-se como um estudo de caso, transversal, descritivo. A pesquisa apresenta como problemática: Quais as representações sociais dos acadêmicos do Curso de Licenciatura em Educação Física em relação a sua formação profissional, ao que é Ser professor e Ser professor Educação Física, a partir dos pressupostos teóricos metodológicos da Teoria das Representações Sociais? A pesquisa tem como objetivo geral, analisar as representações sociais dos acadêmicos do Curso de Licenciatura em Educação Física em relação a sua formação profissional, ao que é Ser professor e Ser professor Educação Física, a partir dos pressupostos teóricos metodológicos da Teoria das Representações Sociais. O referencial teórico que fundamenta a pesquisa foi consubstanciado pelos estudos de Jodelet (1985, 2001), Moscovici (2001; 2009), Abric (2001), Doise (2001), Gilly (2001), Flament (2001) e Bourdieu (1983; 1992; 1996; 2001; 2004; 2011; 2015). A pesquisa foi realizada na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG/PR), no Curso de Licenciatura em Educação Física, tendo como sujeitos da pesquisa os acadêmicos dos 1º, 2º, 3º e 4º anos do Curso. A amostra foi constituída de cento e cinco (105) acadêmicos. No que tange ao quadro teórico e metodológico, optamos pelo conceito de Representação Social de acordo com Moscovici (2010). Como delineamento metodológico da pesquisa, optamos pelo estudo de caso para o tratamento da abordagem qualitativa (LÜDKE; ANDRÉ, 1986, GIL, 2009) e um estudo transversal (THOMAS; NELSON; SILVERMAN, 2007) para o tratamento da abordagem quantitativa. A coleta de dados se deu por meio de um questionário aberto e a Associação Livre de Palavras (ALP) (ABRIC, 2001; MARCONI; LAKATOS, 2003). Os dados foram analisados qualitativamente e quantitativamente, com o uso das técnicas da Teoria do Núcleo Central, técnica de zona muda e dos esquemas estranhos (LÜDKE; ANDRÉ, 1986; ABRIC, 2001; DOISE 2001; FLEMENT, 2001; THOMAS NELSON; SILVERMAN, 2007; MOSCOVICI 2011). Os dados foram confrontados por meio da Análise de Conteúdo (BARDIN, 1977) e a luz do conceito de habitus de Bourdieu (1983; 1992; 1996; 2001; 2004; 2011; 2015). Como resultados da pesquisa apontamos que: as representações dos acadêmicos indicam que Ser Professor e Ser Professor de Educação Física é ser uma pessoa responsável, dedicada e comprometida com a ação pedagógica; o conceito evidenciado para a Educação Física no contexto escolar tem sua centralidade no esporte e na saúde; a escolha dos acadêmicos em Ser Professor de Educação Física se deu por meio das vivências nas aulas de Educação Física e com o esporte na infância e adolescência; em relação ao exercício da profissão, os acadêmicos apontam como perspectivas as possibilidades de ter estabilidade no emprego, ser valorizado e realizar avanços na Educação Física escolar por meio de ações pedagógicas inovadoras. Consideramos que as representações desveladas nesta pesquisa retratou a profissão de professor e professor de Educação Física como sendo legítima no ambiente escolar apesar da desvalorização no contexto social e econômico. Ponderamos ainda que especificamente a profissão de professor de Educação Física, nas representações dos acadêmicos apesar dos entraves metodológicos e de infraestrutura, possibilita ações pedagógicas capazes de promover transformações significativas na vida dos alunos.