Avaliação após estratificação de risco cardiovascular de pacientes hipertensos e diabéticos atendidos em duas unidades básicas de saúde no município de União da Vitória-PR: Estamos atingindo as metas de tratamento?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Ferreira, Rafael Fiamoncini lattes
Orientador(a): Reis, Elise Souza dos Santos lattes
Banca de defesa: Fridrich, Gilivã Antonio lattes, Costa, Mário Augusto Cray da lattes, Martins, Camila Marinelli lattes, Kalichak, Fabiana lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Departamento: Setor de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3514
Resumo: O sistema de saúde pública adotado no Brasil garante a equidade e universalidade de seu acesso e sua porta de entrada acontece nas Unidades Básicas de Saúde, que tem à finalidade de atender até 80% dos problemas básicos de saúde da população. As utilizações de estratificação de risco cardiovascular, além de intervenções multidisciplinares que começaram no início do século XX, devido ao salto de mortalidade que as doenças cardíacas passaram a causar e configuram-se como importantes ferramentas para o diagnóstico e tratamento preciso, interrupção de agravamento de faixa risco e consequentemente diminuição na mortalidade. Existem vários fatores de risco comuns para doença cardiovascular como hipertensão arterial, diabetes mellitus, tabagismo, dislipidemias e fatores psicossociais. Desta forma, esta pesquisa teve como objetivo, realizar a estratificação de nível de risco cardiovascular de pacientes inclusos no grupo de doenças crônicas não transmissíveis, atendidos nas UBS Nossa Senhora do Rocio e Nossa Senhora da Salete no município de União da Vitória-PR, além de avaliar se os pacientes se encontram dentro das metas adotadas pelas diretrizes brasileiras de prevenção cardiovascular. Este trabalho foi realizado analisando-se prontuários de 164 pacientes, classificados por características sociodemográficas, laboratoriais, medicamentosas, equipe multidisciplinar e interpretação clínica. A faixa etária dos pacientes estratificados, foi predominantemente acima de 60 anos, sendo 59,8% dos pacientes do sexo feminino. Ao comparar a estratificação geral de pacientes em ambas UBS, obteve-se a estratificação de 26,2% dos pacientes na faixa de risco muito alto, 51,2% na faixa de risco alto, 18,9% na faixa de risco intermediário e por fim, 3,7% dos pacientes na faixa de risco baixo. Observou-se nesse estudo, uma prevalência de aproximadamente 75% dos pacientes estratificados, apresentando-se fora das metas terapêuticas conforme o Consenso Brasileiro para a Normatização do Perfil Lipídico. Entre os prontuários analisados e no que diz respeito a meta pressórica, pode-se observar uma prevalência de descontrole da pressão arterial nos grupos de risco intermediário de 38,7% e muito alto risco de 39,5%. Desta forma, conclui-se que após analisar todos os grupos, houve significativa prevalência entre os níveis de estratificação de risco alto e muito alto, apresentando números contundentes, além de relevante porcentagem de pacientes com risco cardiovascular em nível baixo e intermediário que apresentam altas correlações com fatores de risco exponencial. Há uma necessidade de maior popularização do conhecimento das metas, visando principalmente a prevenção secundária.