Explorando novas possibilidades de formulações a partir do peeling de fenol com óleo de Croton tiglium (fórmula de Hetter)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Lemes, Bruna Mikulis lattes
Orientador(a): Beltrame, Flávio Luís lattes
Banca de defesa: Campagnoli, Eduardo Bauml, Lipinski, Leandro Cavalcante, Minozzo, Bruno Rodrigo, Campos, Patrícia Mazureki
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmaceuticas
Departamento: Departamento de Ciências Farmacêuticas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3426
Resumo: A busca pela beleza e para atenuar os danos ocasionados pelo envelhecimento e fotoenvelhecimento é constante. Neste cenário, os procedimentos de peeling se destacam por promover a regeneração da pele pela indução de processo inflamatório. O peeling químico que emprega fenol e óleo de Croton tiglium (OC) se destaca pelos bons resultados gerados. Apesar da sua efetividade, o fenol apresenta alta toxicidade e instabilidade dessas formulações. Assim, é importante propor o desenvolvimento de produtos que explorem o potencial do OC e que sejam mais seguros e estáveis. Acrescenta-se que com a descontinuação do Septisol® em 2019, tem ocorrido sua substituição por Novisol®, o que deixou a fórmula mais homogênea. Entretanto, esta importante mudança na composição da fórmula trouxe a necessidade de novos estudos. O presente trabalho propôs avaliar preliminarmente três abordagens de formulações contendo OC: substituição do fenol por agentes químicos já empregados em peeling, com menor toxicidade (ácido glicólico – AG – e ácido tricloroacético – ATA); administração de cristais líquidos (CL) obtidos a partir de sistemas ternários (ácido oleico/PPG-5-CETETH-20/água) para promover a permeação do OC; e avaliar as implicações da mudança de concentração de OC em fórmulas contendo Novisol®. Na primeira abordagem, as formulações foram preparadas com base na fórmula de Hetter, substituindo o fenol por AG ou ATA. Para os CL, a partir dos diagramas de fases ternários, com e sem OC, foram selecionadas 3 formulações da fase cúbica e 2 da fase lamelar. Para o Novisol®, as formulações foram preparadas com base na fórmula de Hetter nas concentrações de 0,8% e 2,4% de OC. Para avaliação das abordagens, realizou-se ensaio in vivo (modelo suíno), sendo as biópsias realizadas em 1, 7 e 21 dias após os tratamentos. Os tecidos foram corados com Hematoxilina-Eosina e Herovici a fim de avaliar componentes histomorfométricos e diferenciar colágeno tipo I e tipo III, respectivamente. Para a primeira abordagem e formulação contendo AG demonstrou-se inferior à formulação contendo ATA, esta possivelmente foi capaz de gerar processo inflamatório no dia 1 e também aumento de fibroblastos no dia 21. Foi possível obter os CL no sistema proposto, porém os mesmos não foram capazes de gerar reação inflamatória na derme, sugerindo que não houve permeação do OC no modelo testado. As formulações com Novisol® demonstraram ótimos resultados; todas tiveram um acréscimo de células no dia 1, destacando-se a formulação contendo 2,4% de OC, que promoveu maior quantidade de colágeno em 21 dias após aplicação. O ATA destacou-se como um bom agente químico a ser melhor explorado em formulações com OC; os CL requerem maiores estudos para permitir seu uso tendo o OC como ativo; e formulação com Novisol® e 2,4% de OC destacou-se como a alternativa mais promissora. Portanto, o presente trabalho deixa perspectivas a serem desenvolvidas em três distintas abordagens: o ATA como substituto do fenol com menor toxicidade, os CL como sistemas que permitem usufruir os benefícios do OC para a pele e, especialmente, as vantagens do uso de Novisol®, que proporcionou resultados superiores.