Produção de formulação de cristal líquido contendo óleo de Croton tiglium L. para aplicação em peeling químico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Capote, Anna Claudia Morais de Oliveira lattes
Orientador(a): Beltrame, Flavio Luis lattes
Banca de defesa: Ferrari, Priscileila Colerato lattes, Kitagawa, Rodrigo Rezende lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmaceuticas
Departamento: Departamento de Ciências Farmacêuticas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3966
Resumo: Com os avanços da tecnologia e da preocupação com as características da pele, a sociedade busca novos procedimentos que levem ao rejuvenescimento cutâneo. Historicamente, o uso da formulação de peeling químico, descrita por Baker e Gordon e aperfeiçoada por Hetter, contém em sua composição fenol, óleo das sementes da espécie vegetal Croton tiglium L., Septisol® e água. Esta formulação é eficaz e gera resultados excelentes quando comparada com outras fórmulas utilizadas na clínica dermatológica, no entanto, pode causar efeitos adversos graves decorrente da presença do fenol em formulação, além de possuir característica extemporânea pela baixa estabilidade física. Assim, o objetivo foi desenvolver formulações contendo cristais líquidos (CL) como veículo para o óleo de Croton (OC) por ser um sistema carreador para a liberação controlada do OC em formulação de peeling químico. As 26 formulações desenvolvidas foram obtidas através de um diagrama ternário parcial de fases, contendo OC como ativo e fase oleosa, água ultrapura como solvente e fase aquosa e Brij®58 (éter cetílico de polioxietileno) como tensoativo, mantendo a proposta de componentes base da formulação original, excluindo-se o fenol. Após o preparo das formulações (com variações dos componentes: OC 10 – 80%, p/p; Brij®58 10 – 40%, p/p; água ultrapura 10 – 80%, p/p), foram feitas avaliações de formação de fase líquido- cristalina por microscopia de luz polarizada e caracterização macroscópica, sendo selecionadas as formulações que apresentaram fase líquido- cristalina do tipo lamelar (4 formulações). Com as formulações selecionadas foram realizadas análises macroscópicas e físico-químicas como pH, tamanho de partícula, índice de polidispersão, potencial zeta e reologia. Após tais avaliações, a formulação 8 com composição química de 10% de OC, 80% de água e 10 % de tensoativo, apresentou perfil adequado em comparação com as demais com pH 6,71, potencial zeta -23,85 mV, tamanho de partícula 427,25 nm e índice de polidispersão de 0,161. Entretanto, devido a alterações na estabilidade da formulação, foi adicionado o agente espessante hidrofílico hidroxietilcelulose (HEC) na fase aquosa associado à alteração no tempo de mistura (aumento de 3 minutos), com posterior repetição dos testes analiticos. Após a inserção do HEC na formulação, houve uma melhora nos resultados obtendo um pH médio=5,18, potencial zeta= -41,53 mV, tamanho de partícula= 503,58 nm, sendo visualizada também melhora nas características macroscópicas, e manutenção do comportamento reológico após 28 dias. Além disso, alta eficiência de encapsulação (EE%) do OC foi quantificada (1,218.13 ± 77,56), e citotoxicidade da formulação aumentada pela presença do tensoativo Brij58 foi observada. Portanto, a formulação desenvolvida apresenta características físico-químicas adequadas para veiculação do OC para aplicação tópica em peeling químico.