Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Deganutti, Paola Souza Gomes
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Orientador(a): |
Muller, Andréa Correa Paraíso
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Banca de defesa: |
Steyer, Fábio Augusto,
Lima, Adson Cristiano Bozzi Ramatis |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós - Graduação em Estudos de Linguagem
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Departamento: |
Departamento de Estudos da Linguagem
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2515
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Resumo: |
Não é de hoje que as relações entre Literatura e Arquitetura são exploradas por estudiosos de diferentes áreas do conhecimento. Ambas as práticas, cada uma ao seu modo, buscam relatar o espírito de seu tempo, testemunhando, em papel ou pedra, as memórias de sua época. Seus entrecruzamentos, portanto, se mostram frutíferos pela possibilidade de visualizar as distintas formas de narrativas contidas em cada uma delas. Em seu romance de estreia, O Corcunda de Notre Dame, Victor Hugo estabelece essas relações dentro do corpo da narrativa, explorando espaços arquitetônicos e urbanos e potencializando seus efeitos nas personagens. O objetivo deste trabalho é apontar as relações possíveis entre a obra hugoana e o espaço arquitetônico, uma vez que as descrições espaciais contidas no romance possibilitam o desenvolvimento da narrativa e, em uma leitura menos superficial, revelam-se também como instrumentos de teorização. Em última análise, compreende-se o romance também como material teórico e crítico para o campo da arquitetura. A fim de embasarmos nossa análise, fazemos uma exposição teórica acerca dos conceitos de espaço, tanto de maneira geral, com leituras do campo da geografia, filosofia e arquitetura, quanto dentro do campo literário. Após isso, apontamos as relações possíveis entre literatura e espaço arquitetônico sob a ótica de autores como Ángel Rama (1998) e Paul Ricoeur (1998). Ao fim, valemo-nos do método da Topoanálise, de Ozíris Borges Filho (2007), na leitura de O Corcunda de Notre Dame. O fato de não haver uma definição unívoca e definitiva para a ideia de espaço, uma vez que é ao mesmo tempo concreto e abstrato, relativo e absoluto, faz com que a literatura seja uma forma interessante de representá-lo e, mesmo que em partes, tentar apreendê-lo. |