Caracterização mineralógica de um gleissolo sob cultivo de duas espécies de bambu por técnicas de espectroscopia e difração de raios X

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Andrade, Everton de lattes
Orientador(a): Brinatti, André Maurício lattes
Banca de defesa: Auler, André Carlos, Saab, Sérgio da Costa
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências
Departamento: Departamento de Física
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3441
Resumo: O solo possui grande importância para a manutenção da vida seja como meio de produção de alimentos, capacidade de filtragem de resíduos ou simplesmente pelo suporte para atividades cotidianas. É um sistema dinâmico, e modificações podem resultar em processos e impactos ambientais. Contudo, medidas de controle ambiental, e por meio de informações de análises das condições e mudanças no solo podem favorecer a diminuição de possíveis danos. Nesse contexto, de busca por informações que contribuam para identificar variações, ou entender a formação do solo, assim como possíveis influências antrópicas eventualmente geradas. Foi realizado o estudo de um solo coletado no campus experimental da Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás (UFG) em Goiânia, GO, classificado como um Gleissolo, baseando- se em aspectos físicos como textura, posição topográfica e regime hídrico. Gleissolos são solos hidromórficos que apresentam horizonte glei dentro de 150 cm da superfície do solo devido a elevada frequência de inundação ou longo período de saturação por água. Podem ter colorações acinzentadas, azuladas ou esverdeadas, causadas pela redução do ferro, com texturas de arenosa à argilosa. Portanto, este trabalho teve como objetivo caracterizar mineralogicamente um Gleissolo e investigar eventuais distinções mineralógicas, uma vez que alguns fatores foram levados em consideração: o fato de que havia o cultivo de duas espécies de bambus, Guadua angustifolia e Dendrocalamus asper, as amostras foram coletadas em duas profundidades 0-10 cm e 10-20 cm, em torno de cada espécie, em dois períodos 2016 e 2018 e que entre eles ocorreram várias queimadas no local. As técnicas empregadas na caracterização, como, a picnometria a gás, permitiu constatar que para ambas as coletas, a densidade de partícula tendeu a aumentar com profundidade. Pelo método da pipeta, se obteve a textura, que variou entre Franco e Franco-argilo-arenoso. Na Fluorescência de Raios X por Dispersão de Energia, e por Dispersão de Comprimento de Onda, em ambas as coletas, predominaram os elementos Si, Al, Fe e Ti, constituindo 97% do total, e em menores quantidades Ca, Na, K, Cl. Com Infravermelho por transformada de Fourier e Difração de raios X, identificou-se os minerais, Caulinita, Montmorilonita, Quartzo, Goethita, Rutilo, Anatásio, Calcita, Ilmenita e Gibbsita, tanto na coleta de 2016 quanto 2018. Pelo Método de Rietveld com uso do software GSAS, foi realizada a quantificação dos minerais da coleta de 2016. Sendo a TFSA composta predominantemente por 45% de Caulinita e 45% de Quartzo, Areia em média 17% Caulinita e 75% Quartzo, Silte em média 22% Caulinita e 70% Quartzo, e a Argila em média 80% Caulinita, 9% Anatásio, 1,5% Quartzo. O refinamento foi repetido utilizando duas funções diferentes para a radiação de fundo: o polinômio Chebyschev do primeiro tipo, e a série cosseno de Fourier com um termo constante, os resultados foram semelhantes e os índices de qualidades satisfatórios e compatíveis com a literatura, ambas podendo ser utilizadas para estudos e análise em solos. Em relação aos diferentes tipos de vegetação, notou-se aumento de Caulinita, diminuição de Rutilo e Ilmenita no solo com vegetação de bambu Dendrocalamus asper.