Integração na criação de bovinos e equinos e seus efeitos sobre a carga parasitária de ambas as espécies

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Laidane Filho, Marcos Aurélio lattes
Orientador(a): Oliveira, Raquel Abdallah da Rocha lattes
Banca de defesa: Borelli , Vanessa lattes, Lipinski , Leandro
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Zootecnia
Departamento: Departamento de Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3761
Resumo: O presente trabalho buscou avaliar a eficácia da utilização do pastejo alternado e misto entre equinos e bovinos, a fim de diminuir a carga parasitária de ambas as espécies, buscando assim, um menor uso de anti-helmínticos nos animais, reduzir a mão de obra nas propriedades e melhorar o manejo sanitário contra as parasitoses. Para avaliar a infecção dos animais e a contaminação do pasto foram utilizadas 10 éguas adultas da raça Mangalarga Marchador e 10 novilhas da raça Brangus. As mesmas foram mantidas em piquetes isolados separados por uma cerca, durante 46 dias, de 30 de junho a 14 de agosto. Após esse período, a cerca foi retirada e os animais passaram a pastejar nas mesmas áreas por mais 54 dias. A cada 14 dias aproximadamente foi realizada a contagem de ovos por grama de fezes (OPG) e para avaliação da contaminação do pasto foi realizada coleta das amostras de pasto nos mesmos dias da contagem de OPG. No exame de fezes foi possível observar que, na 2ª coleta, os bovinos apresentaram contagem nula se diferindo (P<0,05) dos demais períodos. A maior média encontrada para os bovinos foi de 95±92,6 no dia 60, enquanto a contagem de OPG dos equinos não se diferiu entre os períodos. Os mesmos, se encontraram elevados durante todo o período experimental, com uma contagem média de 913±76 ao longo do experimento, e no dia 86, os equinos apresentaram a maior contagem de OPG (1200±1165). Mesmo após o início do pastejo misto, a partir do dia 60 do experimento, não foi possível observar uma redução na contagem de OPG dos equinos. O pastejo misto entre bovinos e equinos, nas condições do presente experimento, não foi capaz de reduzir o OPG dos equinos. Em relação ao peso dos animais, o peso médio inicial dos bovinos foi de 218,9 kg e final de 292 kg, obtendo um ganho médio de 73 kg até o final do período experimental. Enquanto os equinos tiveram um peso médio inicial de 419,9 kg e final de 423,6 kg, um aumento de 3,7 kg. O pastejo misto entre bovinos e equinos, nas condições do presente experimento, não foi capaz de reduzir o OPG dos equinos. Os estudos utilizando pastejo misto entre bovinos e equinos não estão presentes na literatura. O mesmo pode ter benefícios no controle de parasitas, mas será necessário levar em consideração o comportamento do animal, tendo em vista a segregação racial e o tamanho da área na busca de analisar a contaminação do pasto. Há necessidade de avaliações por períodos prolongados, em áreas com diferentes tamanhos, sem prejudicar a oferta de forragem, avaliando a seletividade dos animais em pastejar próximo aos bolos fecais.