Pó inalável microparticulado com nanopartículas poliméricas contendo Curcumina e Piperina: desenvolvimento, caracterização físico-química e citotoxicidade em linhagens tumorais de pulmão.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Rudnik, Loanda Aparecida Cabral lattes
Orientador(a): Farago, Paulo Vitor lattes
Banca de defesa: Nadal, Jessica Mendes lattes, Boscardin, Patricia Mathias Doll lattes, Pupo, Yasmine Mendes lattes, Maluf, Daniela Florencio lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmaceuticas
Departamento: Departamento de Ciências Farmacêuticas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3751
Resumo: Curcumina (CUR) é um polifenol proveniente da planta Curcuma longa L. e dentre os vários efeitos biológicos, tem-se a ação antitumoral. Piperina (PIP) é um alcaloide presente na planta Piper nigrum L. tendo também atividade antitumoral. Sua coadministração com CUR é interessante pois possui capacidade de reduzir a depuração dessa substância ativa. No sistema microparticulado carregado com nanopartículas, as micropartículas funcionam como transportador intermediário para a deposição eficiente das nanopartículas com fármacos nos pulmões. O objetivo do trabalho foi desenvolver e caracterizar um pó microparticulado contendo nanopartículas poliméricas de CUR e PIP e avaliar as nanopartículas frente à 3 linhagens celulares (tumorais: A549, NCI-H292 e controle: MRC-5). Foram desenvolvidas duas formulações de nanopartículas contendo CUR e PIP e os polímeros PCL e PEG a partir do método de nanoemulsão utilizando sonicação. Posteriormente, essas nanopartículas foram transformadas em um pó seco utilizando secagem por aspersão e manitol como excipiente. Foram obtidas nanopartículas com tamanhos (244,50±23,00 e 223,70±21,00 nm), potenciais zeta (- 11,30±1,6 a -14,60±2,2 mV) e índices de polidispersão (0,135±0,18 e 0,117±0,15) adequados. As micropartículas apresentaram valores de diâmetro aerodinâmico (3,63±0,90 e 2,56±0,63 µm) adequados. Foi desenvolvido e validado um método analítico por cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) para quantificação dos fármacos nos nanocarreadores. O método mostrou-se específico, linear, preciso, exato e robusto, na faixa de 25 a 45 µg.mL-1 para a CUR e PIP, sendo capaz de quantificar simultaneamente essas duas substâncias. A eficiência de incorporação para ambos os fármacos foi superior a 90%. NCP-0 e NCP-1 apresentaram formato esférico e escala nanométrica. MNCP-0 e MNCP-1 apresentaram formato esférico, dimensões micrométricas com pouca rugosidade e presença de estruturas nanométricas na superfície além de aglomerados de cristais de manitol. Não foi observado alteração dos grupos funcionais dos fármacos nos espectros de infravermelho (FTIR). As análises de difração de raios X (DRX) indicaram que a incorporação das nanopartículas poliméricas de CUR e PIP às micropartículas com manitol levou a amorfização dos fármacos. Os estudos in vitro mostraram que a formulação NCP-1 reduziu significativamente a viabilidade celular das linhagens A549 e NCI-H292, mostrando-se seletiva para essas células (IS>2), quando comparadas às células MRC-5. As análises mofológicas mostraram presença do processo de morte por apoptose para as células A549 e NCI-H292. A formulação NCP-1 apresentou efeito citotóxico seletivo pela associação de CUR e PIP para as células tumorais em estudo.