A devoção ao divino, os devotos e a Casa do Divino: a instituição de um patrimônio cultural em Ponta Grossa, 1882- 2019

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Johansen, Elizabeth lattes
Orientador(a): Monastirsky, Leonel Brizolla lattes
Banca de defesa: Coelho, Ilanil lattes, Gil Filho, Sylvio Fausto lattes, Teixeira, Salete Kozel lattes, Nabozny, Almir lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Doutorado em Geografia
Departamento: Departamento de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2835
Resumo: (Re)conhecer a Casa do Divino, Ponta Grossa-PR, como patrimônio cultural a partir do imbricamento de sua materialidade preservada e tombada pelo Conselho Municipal do Patrimônio Cultural (COMPAC), com as práticas devocionais compartilhadas e espacializadas com o passar dos anos e o estabelecimento de relações sociais, que permitiram a estruturação, manutenção e transmissão da devoção ao Divino naquele lugar desde 1882 até hoje, é o objetivo central da tese. Para tanto, apresenta-se um texto teórica e metodologicamente interdisciplinar, que compreende a pessoa que vivencia o bem cultural como aquele que define o que é o seu patrimônio pelos processos de significação e identificação. Tendo como fio condutor o reconhecimento da instituição como patrimônio cultural afirma-se que é simbólica por si mesma e, por esse motivo, foi analisada a partir da filosofia das formas simbólicas estruturadas pelo filósofo Ernst Cassirer em sua crítica da cultura. Dessa maneira, a devoção ao Divino é reconhecida como a forma simbólica que significa as experiências do devoto, articulando-as a um mundo pleno de sentido conformado pelo pensamento religioso e como elemento fundante para configurar a Casa do Divino como patrimônio cultural. Por isso, se propõe uma análise circular do objeto, partindo do momento em que o imóvel foi tombado em 2004 – enquanto patrimônio edificado – e encerrando na atualidade – quando se apresenta a completude do conceito de patrimônio cultural: a relação dialética entre o material e o imaterial. Para entender a significação da Casa por seus devotos foi preciso analisar a história dos 136 anos de existência daquele lugar de devoção ao Divino, por meio da vivência e espacialização das práticas de devoção mantidas até a atualidade e do estabelecimento da rede social dos devotos da Casa do Divino. Como também é reconhecida por aqueles que não são devotos como um lugar representativo de Ponta Grossa, merecedor de ser preservado como movimento diocesano e tombada como patrimônio cultural local, também foram analisados contatos promovidos com membros da Diocese de Ponta Grossa e de instâncias públicas municipais para completar a análise circular do objeto.