Romantismo, Paganismo e Bruxaria: a obra La Sorcière de Jules Michelet como precursora da Wicca, a Bruxaria Moderna

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Camargo, Pamella Louise lattes
Orientador(a): Benatte, Antonio Paulo lattes
Banca de defesa: Paraiso, Andrea, Langer, Johnni
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Departamento de História
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2404
Resumo: A obra La Sorcière foi escrita em 1862 pelo historiador francês Jules Michelet e trata do tema da feitiçaria na Europa. A obra busca contemplar desde a criação da figura da feiticeira até a perseguição em massa promovida pela inquisição. Escrita em cerca de dois meses, em meio ao movimento romântico e em uma época de embates entre literatura e história, La Sorcière apresenta uma concepção romântica de concretude dos fenômenos mágicos e da bruxaria como crença de resistência popular ao clero e a nobreza. Pautada em uma estética literária próxima a do romance e com uma preocupação pedagógica; a obra acaba por ser precursora da noção de um culto organizado de bruxaria como rebeldia e “anti-religião”. Buscaremos demonstrar como a estética romântica e pedagógica de Michelet foi responsável pela ideia da bruxaria como permanência do paganismo europeu. Essa ideia de permanência e rebeldia auxiliou a moldar as modernas práticas de bruxaria e neopaganismo. Buscaremos, portanto, demonstrar que Michelet pode ser considerado, através de sua obra, um dos precursores da Wicca, a bruxaria moderna.Para tanto nos utilizaremos das teorias da Estética da Recepção de Jauss e a Teoria do Efeito Estético de Iser, dando ênfase a última.