Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Penteado, Cliciane de Fátima Santana
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Orientador(a): |
Kanunfre, Carla Cristine
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Banca de defesa: |
Silveira, Rafael Bertoni da,
Salgueirosa, Fabiano da Silveira |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biomédicas
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Departamento: |
Setor de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2635
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Resumo: |
As mulheres vêm se destacando cada vez mais no âmbito esportivo, sendo a corrida de rua, entre os esportes, o mais procurado. Por conseguinte, conhecer as influências do ciclo menstrual na resposta fisiológica das mulheres corredoras, com foco não somente para atletas profissionais, tem despertado atenção da comunidade científica. Dentro desta temática, o objetivo deste trabalho foi o de avaliar a influência do ciclo menstrual e o uso de contraceptivos orais no desempenho aeróbio de praticantes de exercícios de “endurance” (corrida de rua). Este estudo se caracteriza por ser transversal e observacional, realizado com 22 mulheres com idade média de 31,00 ± 5,1 anos, com IMC médio de 22,66 ± 2,5 e percentual de gordura de 22,38 ± 3,4 %, divididas em 3 grupos: grupo 1 - controle (n=9) não corredoras e que não utilizavam contraceptivos, grupo 2 corredoras que não utilizavam contraceptivos (n=6) e grupo 3 corredoras que utilizavam contraceptivos (n=7). Após assinatura de Consentimento Livre e Esclarecido, as voluntárias foram submetidas a uma anamnese prévia e avaliação física. Durante oito semanas realizaram testes de VO2 máx., através da corrida de 12 minutos de Cooper, bem como responderam questionários de saúde (RESTQ-sport, WURSS-21), além de responderem ao referente à Escala de Percepção Subjetiva de Esforço. Nas quatro últimas semanas do período experimental foram coletadas amostras de sangue das voluntárias para determinar os níveis hormonais (Estradiol e Progesterona) e níveis de ferro e ferretina séricos. Os resultados obtidos demonstraram níveis bem mais baixos de estradiol e progesterona no grupo 3, grupo de corredoras que faziam o uso de contraceptivos orais, assim como foi observado melhor VO2 máx., maior distância percorrida no teste de Cooper, além de apresentarem concnetrações de ferro mais elevadas comparado aos outros dois grupos (grupo1 e grupo2). No grupo 2, grupo de corredoras que não faziam uso de contraceptivos orais, as concentrações de ferro foram ainda menores que o grupo controle (grupo 1). Os grupos 2 e 1, respectivamente, grupo de corredoras que não faziam uso de contraceptivos orais e o grupo controle, apresentaram diferença significativa na distância percorrida entre as fases do ciclo menstrual, sendo menor na fase lútea, contudo apenas o grupo controle (grupo 1) obteve redução no VO2 máx. Não foi observada nenhuma correlação entre as variáveis da qualidade de vida e do sistema imune com o ciclo menstrual, assim como, com o desempenho, já a percepção de esforço foi maior na fase lútea para todos os grupos estudados. Portanto, conclui-se que o ciclo menstrual apresenta influência no desempenho aeróbio, na percepção de esforço, nos níveis férricos de corredoras e não corredoras com ciclo menstrual regular, e o uso de contraceptivos orais contínuos evitam tais influências, favorecendo melhor desempenho das atletas de endurance. |