Pixação e o circuito artístico brasileiro (2005-2021): disputas e novas possibilidades.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lara, Priscila Mocelin lattes
Orientador(a): Varella, Patricia Camera Varella lattes
Banca de defesa: Torres, Renato lattes, Schoenherr, Rafael lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Departamento de História
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3670
Resumo: A presente pesquisa apresenta o fenômeno de disputa, absorção e interação/integração da pixação no circuito artístico brasileiro, com destaque para o caso paulistano, a partir do evento de ocupação da Bienal Internacional de São Paulo por pixadores, que ocorreu em 2008. Nesta conjuntura verificam-se os rompimentos dos usos e das funções da prática da pixação, junto ao contexto dessas ações e de outras que se estendem com a introdução das mídias digitais e da ampliação do mercado artístico. Nesta esfera, objetiva questionar as expressões visuais e seus discursos, considerando observar quais mudanças e/ou permanências de expressão e de discurso ocorrem quando a sua produção passou a ser inserida em locais não usuais. Propõe-se analisar o rompimento de paradigma, quando se observa a ampliação da circulação e do aceite da pixação, que tradicionalmente era realizada nos espaços públicos e que passa a ser assimilada por eventos estabelecidos no campo artístico como, por exemplo, a Bienal Internacional de Arte de São Paulo e as galerias especializadas. A pesquisa também investiga como parte das mídias (digitais) influenciam e colaboram para a divulgação e expansão dos trabalhos desenvolvidos pelos pixadores e a formação de suas redes sociais. Para alcançar os objetivos propostos, o desenvolvimento da pesquisa conta com reflexões e enlaces teóricos sobre a história da arte, questões sobre a identidade dos pixadores, expressão estética, espaços de poder, direito à/da cidade, campo simbólico e suas distintas temporalidades, tratando de uma análise documental de diversas fontes como jornais impressos, mídias digitais e cartazes. Utilizou-se como principais referenciais teóricos Néstor García Canclini, Anne Cauquelin, Armando Silva, Michel de Certeau e Maria Lúcia Bastos Kern para analisar a relação entre a arte e a cidade, a complexidade cultural latino-americana e o hibridismo na arte.