Migração e sobrevivência de larvas infectantes de nematódeos gastrintestinais no perfil do pasto de diferentes espécies forrageiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Baby, Renata Grasieli lattes
Orientador(a): Rocha, Raquel Abdallah lattes
Banca de defesa: Fonseca, Lidiane lattes, Bricarello, Patrizia Ana lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Zootecnia
Departamento: Departamento de Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2994
Resumo: O trabalho teve como objetivo avaliar a migração e a sobrevivência de larvas infectantes (L3) de nematódeos gastrintestinais em três espécies forrageiras. Para tal, foram utilizados módulos experimentais constituídos por canteiros estabelecidos com as seguintes forrageiras: Tifton 85 (Cynodon dactylon) (experimento 1), Aveia (Avena sativa L.) (experimentos 2 e 3) e Azevém (Lolium multiflorum Lam.) (experimento 3). Cada canteiro foi composto por 18 parcelas de 30 cm², totalizando 72 subparcelas (permitindo seis repetições por tratamento). A migração e a sobrevivência larval foram avaliadas até 28 dias após a contaminação dos módulos experimentais, sob três estratos da forragem (A: 50% superior, B: 25% posterior e C: 25% restantes), três horários (06:00; 12:00 e 18:00 h) e no experimento em que se utilizou o Tifton, avaliou-se ainda dois níveis de luminosidade e altura do pasto (baixo sombra, baixo sol, alto sombra, alto sol). A colheita das fezes e da forragem ocorreram sete, 14, 21 e 28 dias após a deposição das fezes contaminadas com ovos de nematódeos gastrintestinais no pasto. A altura do pasto foi medida em cada uma das subdivisões imediatamente antes das colheitas. A forragem foi cortada com uma tesoura de poda, com uma área delimitada com o auxílio de um círculo de 10 cm de raio. As fezes foram recolhidas manualmente e acondicionadas em sacos plásticos identificados. O pasto, após o corte de cada estrato, foi transferido para sacos de papel, também previamente identificados. Utilizou-se delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 6 (repetição) x 2 (altura) x 2 (luminosidade) x 3 (horário) x 4 (dia) no primeiro experimento e 3 (horário) x 3 (estrato) x 4 (dia) x 6 (repetição) nos experimentos 2 e 3. No primeiro experimento a maior recuperação de L3 no pasto ocorreu no D14 pasto baixo na sombra, seguido pelo D7 pasto baixo na sombra e D14 no pasto alto na sombra (P>0,05). No total foram recuperadas 325 L3/kg de MS, 290 L3/kg de MS e 153 L3/kg de MS, dos tratamentos D14 baixo sombra, D7 baixo sombra e D14 no pasto alto na sombra, respectivamente. A recuperação máxima ocorreu no D7 e D14, obtendo um total de 484 L3/kg de MS e 623 L3/kg de MS, respectivamente. Não houve recuperação de L3 nos canteiros de aveia, do segundo experimento. No terceiro, a recuperação de L3 no pasto foi pequena e não houve diferença entre os tratamentos (P>0,05). Foram recuperadas no total 893 L3 de Haemonchus spp./Kg de MS e 538 L3 de Trichostrongylus spp./Kg de MS no módulo em que se utilizou aveia e 20933 L3 de Haemonchus spp./Kg de MS e 18417 L3 de Trichostrongylus spp./Kg de MS MS no módulo em que se utilizou azevém . As larvas se distribuíram de maneira uniforme em todos os estratos, portanto, permitir que o animal consuma apenas o estrato superior não impedirá a ingestão de larvas, porém permtirá que os animais consumam uma forragem de melhor qualidade.