Desdobramentos da multimorbidade a partir da internação hospitalar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lima, Melina Lopes lattes
Orientador(a): Fadel, Cristina Berger lattes
Banca de defesa: Silva, Milene Zanoni da lattes, Pedroso, Bruno lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Departamento: Setor de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3004
Resumo: A gestão de informações associadas à ocorrência de multimorbidade na atenção hospitalar é relevante para o planejamento de estratégias de prevenção de agravos à saúde em pacientes de maior risco, a fim de oportunizar a organização de sistemas de saúde de modo eficiente. Este trabalho tem por objetivo geral avaliar a multimorbidade com base na internação hospitalar. Realizou-se um estudo quantitativo, transversal, descritivo, junto a 445 pacientes internados em um hospital universitário, no ano de 2018. Os dados foram coletados através de entrevista telefônica. Considerou-se a multimorbidade como variável dependente e como independentes: utilização de serviços de saúde, características sociodemográficas e de estilo de vida. Os resultados foram analisados descritivamente e por análise de regressão logística. Para delinear o caminho formal percorrido por pacientes segundo multimorbidade desenvolveu-se um fluxograma, representando os pontos da rede pública de saúde utilizados por estes pacientes no pós-alta hospitalar. Os resultados mostraram que 31,4% apresentam multimorbidade. Foram encontradas maiores chances de multimorbidade em indivíduos entre 41 e 60 anos (OR=4,25), em maiores de 60 anos (OR=14,89), em pacientes que estiveram internados nos setores de clínica médica, neurologia, infectologia (OR=7,76), sedentários (OR=1,71), obesos (OR= 3,01) e com necessidade de ajuda para realizar atividades diárias no pós-alta hospitalar (OR=1,75). Verificou-se também, através do acompanhamento do caminho percorrido por estes pacientes, uma alta prevalência de encaminhamento (com multimorbidade (CM) 93,5%; sem multimorbidade (SM) 97,7%) e comparecimento na atenção secundária à saúde (CM 86,2%; SM 89,6%), um baixo encaminhamento (CM 42,4%; SM 36,3%) e comparecimento na atenção primária à saúde (CM 61,3%; SM 64,8%), e um baixo comparecimento a todos os pontos da rede de saúde (CM 18%; SM 21,8%), para ambos os grupos investigados. Este estudo sinaliza a importância de maior incentivo ao acompanhamento de pacientes com multimorbidade na rede primária de saúde, especialmente no período de pós-alta hospitalar, e a necessidade de integração dos pontos da rede de saúde brasileira, de modo a garantir a longitudinalidade e integralidade do cuidado a estes pacientes.