Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Santos, Janaina Santana dos
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Orientador(a): |
Carvalho, Silvia Méri
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Banca de defesa: |
Pinto, Maria Ligia Cassol
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Vestena, Leandro Redin |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação Mestrado em Gestão do Território
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Departamento: |
Departamento de Geociências
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3097
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Resumo: |
O uso e ocupação da terra é uma temática estudada com profundidade na ciência geográfica, por se tratar de um assunto que possui o intuito de demonstrar as modificações espaciais provocadas pelas inúmeras atividades humanas. O processo de intensa impermeabilização do solo nas áreas urbanas consiste em uma modificação significativa pois contribui para que ocorra um aumento no escoamento superficial das águas pluviais, que se não conduzidas e tratadas de maneira eficiente e sustentável podem ocasionar episódios de alagamentos e enchentes. Neste contexto, a bacia do arroio da Ronda na cidade de Ponta Grossa (PR) é objeto de estudo, pois ao longo dos anos tem-se registrado ocorrências de enchentes e alagamantos ocasionando inúmeros prejuízos à população local. A bacia do Arroio da Ronda ocupa a porção sudoeste do perímetro urbano do município de Ponta Grossa, no estado do Paraná, com uma área total de 34,43 km2. As nascentes do arroio estão localizadas em área densamente urbanizada e sua foz no rio Tibagi. Para a pesquisa o recorte temporal utilizado refere-se aos anos de 1980 a 2017. A área da bacia do arroio da Ronda apresentou uma dinâmica de uso da terra diversificada ao longo dos 37 anos analisados, onde o adensamento urbano substituiu áreas de vegetação nativa e campo. Ao longo deste período foram registradas 60 ocorrências de alagamentos e enchentes. Portanto, a questão central da pesquisa consistiu em compreender de que modo as transformações do uso da terra na bacia podem influenciar no aumento do escoamento superficial. O objetivo geral foi compreender a relação entre os episódios de alagamentos e enchentes na bacia e o aumento do escoamento superficial a partir de diferentes usos e ocupações da terra entre os anos de 1980 a 2017. Foi utilizado o modelo hidrológico Curve Number (CN, SCS, 1972), que considera a combinação das variáveis uso e ocupação da terra e dados físicos (tipos de solos), para demonstrar e espacializar as áreas mais suscetíveis à geração de escoamento superficial. A grande maioria das ocorrências está situada nas porções noroeste e nordeste da bacia, próximas aos cursos de água e em áreas de baixa declividade (0 a 8%). Os resultados demostraram que o uso da terra influencia de forma parcial as ocorrências de alagamentos e enchentes, principalmente quando associado à substituição de áreas de vegetação nativa e campos por áreas urbanizadas e impermeabilizadas. Entretanto, as características físicas da bacia, como as baixas declividades e tipos de solo também mostraram forte influência para ocorrência destes fenômenos. |