FUNCIONALIDADE DE PACIENTES 12 MESES APÓS ALTA EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA COVID-19 DE UM HOSPITAL ESCOLA NO SUL DO BRASIL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Amaral, Ianka do lattes
Orientador(a): Fadel, Cristina Berger lattes
Banca de defesa: Silva, Tatiana Gaffuri da lattes, Santos, Celso Bilynkievycz dos lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Departamento: Setor de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/4045
Resumo: Este trabalho tem como objetivo avaliar a funcionalidade de pacientes 12 meses após a alta hospitalar em unidades de terapia intensiva COVID-19. Metodologia: Pesquisa transversal analítica com dados sociodemográficos, clínicos, de autopercepção de saúde, bem como uso da escala de WHODAS 2.0. Foram entrevistados pacientes egressos de um hospital escola, baseando-se os critérios de inclusão em: Internamento em uma das cinco UTIs do hospital escola por COVID-19; período de internamento superior a 8 dias; alta hospitalar no mínimo 365 dias antes da coleta de dados; maiores de 18 anos. A análise das informações foi realizada pelo método de mineração de dados. Resultados: Foram elegíveis 32 indivíduos, sendo 25% incapacitados. Estes apresentaram baixa cognição, mobilidade, Autocuidado, limitação em atividades diárias, justificadas por parâmetros biológicos e clínicos. Ainda, 37% obesidade e polimedicação, 75% concentração comprometida e 50% desdobramentos neurológicos. O tempo de internamento e os recursos terapêuticos demandados neste período também foram associados à incapacidade observada. Foi verificado evidencia estatística da inexistência de diferença da média de Autoavaliação em relação ao estado de Saúde Geral (p=0,0501) e existência de diferenças significativas entre os índices de Autocuidado dos grupos classificados pelo grau de incapacidade, evidenciando que o grupo incapacitado apresenta um pior indicador do domínio de avaliação de saúde e os testes também apontam diferenças estatísticas quanto ao índice de Autoavaliação do Estado de Saúde Geral dos grupos classificados pelo grau de incapacidade (p= 0,0413), já que a incapacidade apresenta moderada correlação inversa com Autoavaliação de Saúde Geral (r=-0,6564; p= 0,00005) e com Autocuidado (r=-0.6493; p=0.00006). Considerações finais: vírus da COVID-19, somado ao tempo de internação e fatores clínicos foi relacionado à incapacidade 12 meses após alta hospitalar, com forte presença de sintomas neurológicos. Foi verificado estatisticamente associação entre a Autoavaliação do Estado de Saúde Geral com o grau de incapacidade dos indivíduos e que a incapacidade apresenta moderada correlação inversa com a Autoavaliação de Saúde Geral e com o Autocuidado, por tanto, os pacientes que apresentam algum grau de incapacidade reconhecem sua medição de saúde como reduzida. Espera-se contribuir para a compreensão dos impactos em longo prazo da COVID-19, possibilitando melhor assistência e qualidade de vida aos pacientes acometidos pela doença.