Efeito da estimulação transcraniana por corrente contínua na tolerância ao esforço físico de mulheres sedentárias com fibromialgia: um ensaio clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ressetti, Juliana Campos lattes
Orientador(a): Okuno, Nilo Massaru lattes
Banca de defesa: Perandini, Luiz Augusto Buoro lattes, Kanunfre, Carla Cristine lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Departamento: Setor de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3089
Resumo: A fibromialgia (FM) é uma síndrome multifatorial que requer cuidados multiprofissionais na busca de atenuar os níveis de dor e assim, promovendo melhores condições de vida a pessoas com este tipo de problema. Tem sido evidenciado que o tratamento da estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) é uma ferramenta da neurociência capaz de gerar efeito analgésico possibilitando a redução de níveis de dor nesta população, além de produzir melhoras em avaliações de condicionamento físico de pessoas saudáveis. Em visto disto, o presente estudo propôs investigar o efeito acumulativo da intervenção de cinco dias da ETCC anódica aplicada sobre o M1 na tolerância ao esforço físico e no impacto da FM em mulheres sedentárias com a síndrome de FM. Vinte e seis mulheres fizeram parte do estudo, que foram alocadas aleatoriamente em dois grupos: 13 ETCC ativo (idade = 49,62 ± 6,59 anos) e 13 ETCC simulado (idade = 47,46 ± 10,03 anos). As participantes foram submetidas a avaliações pré- e pós-intervenção e por cinco dias consecutivos de tratamento por ETCC anódica (ativa ou simulada). As variáveis mensuradas foram o questionário revisado do impacto da fibromialgia (FIQR), testes de equilíbrio (TEQ), teste de flexibilidade (TFL), teste de sentar e levantar (TSL), teste de caminhada de seis minutos (TC6), teste incremental máximo (TImáx) em ciclossimulador, avaliação da percepção subjetiva de esforço (PSE) e da escala visual numérica de dor (EVN) no TC6. Após o desenvolvimento do presente estudo, foi evidenciado que não houve diferença significante (p>0,05) em todas as avaliações de condicionamento físico, na PSE e EVN no TC6, e ainda no domínio funcional do FIQR. Contudo, o domínio do impacto global, o domínio dos sintomas e o escore geral do FIQR demonstraram diferença significante (p<0,05) no tempo do grupo ETCC ativo após o período de tratamento. Desta forma, é concluído que a ETCC anódica realizada por cinco dias consecutivos não foi capaz de promover efeito imediato na capacidade funcional, na tolerância ao esforço físico máximo e também na PSE e intensidade de dor no TC6. Todavia, ela pode reduzir o impacto da FM de mulheres sedentárias com a síndrome.