Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Gonçalves, Elizamara Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42138/tde-04082021-184218/
|
Resumo: |
Diferentes modalidades terapêuticas ainda falham no tratamento da dor em pacientes com neuropatias, sendo que metade dos pacientes permanecem refratários, independentemente do tipo de tratamento utilizado. Assim, alternativas terapêuticas como a estimulação elétrica encefálica, que tem mostrado grande potencial no tratamento de diferentes doenças, deve ter seu estudo aprofundado e aprimorado. Neste sentido, o modelo experimental de Estimulação Elétrica do Córtex Insular (EECI), desenvolvido por nosso grupo, apresentou resultados promissores no que se refere à reversão de dor em ratos com neuropatia periférica dolorosa, reforçando o potencial da neuroestimulação insular como alternativa terapêutica. No entanto, para que sua aplicabilidade clínica seja confirmada, ainda se faz necessário compreender os mecanismos pelos quais a EECI induz analgesia, bem quais os melhores parâmetros capazes de induzir este efeito. Neste contexto, este trabalho teve por objetivo avaliar o efeito de diferentes frequências de EECI na sensibilidade dolorosa mecânica e térmica e na atividade locomotora de ratos submetidos a um modelo de dor neuropática induzida por constrição crônica do nervo isquiático (CCI). Ainda, o efeito da EECI sobre a ativação de astrócitos e microglia na substância cinzenta periaquedutal (PAG) e medula espinal, também foi avaliado. Para tanto, ratos Sprague Dawley machos (CEUA 5874130618), com constrição crônica do nervo isquiático (CCI) na coxa direita foram submetidos a EECI no córtex insular posterior esquerdo (uma estimulação diária, por 5 dias consecutivos; 15 min por sessão, a 10, 60, 80 ou 100 Hz, 210 µs, 1V), sendo avaliados no modelo de pressão de patas, filamentos de von Frey, placa quente e no teste de campo aberto. A ativação de astrócitos e micróglia foi avaliada por imuno-histoquímica para GFAP e IBA. Os resultados aqui obtidos demonstram que as diferentes frequências de EECI (10, 60, 80 e 100Hz) foram capazes de alterar a sensibilidade mecânica e térmica de animais com CCI, sendo que a EECI a 60Hz se mostrou mais eficaz em induzir analgesia em animais com dor neuropática quando comparada as outras frequências. Nenhuma das frequências avaliadas interferiu na atividade locomotora geral dos animais. A EECI 60Hz ainda inibiu a ativação da imunomarcação para astrócitos e micróglia na PAG e ativou a imunomarcação de astrócitos na medula espinal, não sendo capaz de alterar a imunomarcação de microglia na medula espinal. Os dados em conjunto demonstram que a EECI inibe dor neuropática em modelo experimental, sendo essa resposta acompanhada por inibição da ativação glial na PAG e medula espinal. Esses dados reforçam o potencial terapêutico da EECI no tratamento de pacientes com dor neuropática refratários a terapias convencionais. |