Sistemas de respostas adaptativas ao glifosato em populações bacterianas isoladas em água

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Oliveira, Elizangela Paz de lattes
Orientador(a): Pileggi, Marcos lattes
Banca de defesa: Prestes, Rosilene Aparecida, Matsumoto, Leopoldo Sussumu
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas
Departamento: Departamento de Biologia Geral
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3290
Resumo: O uso de herbicidas tem se expandindo comercialmente e existe a preocupação em se entender os efeitos adversos que esses agroquímicos podem causar em animais, plantas e microrganismos. Principalmente porque esses resíduos podem permanecer no ambiente por longos períodos. O objetivo deste trabalho foi avaliar alguns mecanismos enzimáticos e estruturais de tolerância, contra agentes tóxicos em bactérias, e se estes poderiam se constituir em um sistema de respostas para adaptação a ambientes extremos. A Pseudomonas fluorescens é uma linhagem isolada de água de lavagem de embalagens de cinquenta agrotóxicos e foi caracterizada como tolerante ao herbicida glifosato. Foram avaliadas algumas estratégias de tolerância envolvendo enzimas antioxidativas e alterações na permeabilidade de membrana citoplasmática. As atividades das enzimas Superóxido dismutase (SOD) e Catalase (CAT), envolvidas no processo antioxidativo, foram analisadas em gel não desnaturante, e os indicadores de estresse foram avaliados por meio de viabilidade celular, taxas de malondealdeído (MDA) e Peróxido de Hidrogênio (H2O2). Foi utilizado o Meio Mineral (MM), com diferentes concentrações de glifosato, tendo como base a concentração do herbicida utilizada e campo (MM, controle sem herbicida; MM1, uma vez a concentração de campo, MM10, MM40 e MM50). As taxas de crescimento bacteriano foram menores nas concentrações MM40 e MM50 no início da fase log comparada com o controle. Quando comparamos as taxas de H2O2 o controle apresenta uma produção relativamente baixa no início da fase log com aumentos, significativos a partir da log intermediária, não tendo o mesmo efeito na taxa de crescimento. Em controle as taxas de MDA tem correspondência com as taxas de H2O2 e com possíveis níveis de peroxidação lipídica. No tratamento MM10 foi encontrada a maior taxa de MDA correspondendo com as taxas de H2O2. A isoforma Mn-SOD teve sua atividade no início e final da log em controle, em MM50 não foi determinada nenhuma atividade. As isoformas de CAT, HPI em controle, foi observada em todas as fases da log, com o pico no meio da log. Na presença de glifosato ambas as isoformas apresentaram altas atividades nos tratamentos MM1 e MM10, porém muito baixas em MM40 e MM50, essas isoformas foram fundamentais contra o estresse gerado pelo glifosato, até o tratamento MM10. A linhagem P. fluorescens apresentou ser tolerante em MM1 e MM10 no início meio e final da fase log, com alta taxa de atividade das enzimas antioxidantes CAT e SOD.