Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Santos, Jorge Paulo dos
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Orientador(a): |
Carlos, Valeska Gracioso
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Banca de defesa: |
Fachin, Paulo Cesar
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Couto, Ligia Paula
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós - Graduação em Estudos de Linguagem
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Departamento: |
Departamento de Estudos da Linguagem
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/4089
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Resumo: |
A luta pelo direito ao acesso aos bens culturais e intelectuais das línguas adicionais, do multilinguismo e do interculturalismo deve estar presente nas pautas de reivindicação de todas as pessoas, até que as políticas linguísticas reconheçam, sem hierarquias, a validação das diferentes línguas e o seu espaço no currículo desde os primeiros anos de escolarização. Esta pesquisa utiliza diferentes metodologias para dar respostas aos seus objetivos, perpassando pelas pesquisas bibliográfica, documental, pesquisa-ação e pesquisa qualitativa, embasando-se em J. J. S. Fonseca (2002), Zeichner (2002) e Richardson (1999). Faz uma leitura dinâmica da dimensão histórica do ensino de Línguas no Brasil desde o Período Colonial até os dias atuais, observando o lugar que ocupa a Língua Espanhola neste processo. Para isso, utiliza como base a legislação vigente em cada período e autores como Guimarães (2011, 2014, 2016, 2021), Menezes (2001), Chagas (1957), E. C. A. Silva (2018), Chaguri (2011), F. M. Fernández (2005), Carbonar (2018) e Couto (2016). Como resultado, identifica elementos nas políticas linguísticas transformadas em leis que privilegiam uma língua adicional em detrimento de outras com o apagamento da diversidade de línguas e ofertas compulsórias nos sistemas de ensino. Os relatos de experiência de movimentos mostram que a militância linguística tem conseguido mobilizar ações políticas que se convertem em conquistas e respaldos legais em resistência ao princípio antidemocrático do monolinguismo, em diferentes esferas. Na contramão da tendência crescente do acesso cada vez mais antecipado ao ensino de LEC nas escolas, as universidades estaduais no Paraná, em sua grande maioria, não ofertam formação que contemple a LEC em suas ementas e currículos, tomando como referência as licenciaturas em Letras Português/Espanhol ou Letras Espanhol e suas Literaturas. Isso sinaliza a necessidade de se pensar os currículos dos referidos cursos dando respostas às demandas da sociedade. A pesquisa documental conta com reflexões sobre o currículo feitas por T. T. Silva (2022), Andrade e Conceição (2017) e Pereira (2010). Como objetivo principal, esta pesquisa surge da proposição de construção de um itinerário formativo para professores de LEC para repertoriá-los com alguns temas de caráter teórico, metodológico, didático e prático para a elaboração de planejamentos, construção de material didático e a combinação de diferentes estratégias de ensino de LEC à luz da concepção discursivo-enunciativo bakhtiniana e da visão vygotskyana de linguagem e aprendizagem. As bases teóricas que sustentam este trabalho são construídas a partir de Bakhtin (1997), Vygotsky (1978, 1987), Zabala (1998), Bissaco (2015), P. G. Freitas (2014), Janowska (2020), T. T. Silva (2022), Pires (2016), Picanço (2003), Kumaravadivelu (2012), Candido (1995), Luckesi (2011), Ghedin (2006) dentre outros teóricos. A formação reflexiva de professores de LE ocorreu a partir do desdobramento da parceria da UEPG com a SME de Ponta Grossa e buscou, ao mesmo tempo que formar professores, viabilizar acesso ao ensino de Língua Espanhola a estudantes de Escola Pública. Com isso, proporcionou o atendimento de mais de 5,5% dos estudantes matriculados na rede municipal de ensino em 2022. Este trabalho serve como modelo de formação de professores de LEC para outros programas e secretarias de educação. A avaliação deste projeto piloto comprova sua eficiência e indica que há um terreno propício para a sua execução, ainda que falte vontade política dos gestores municipais, ausência de amparo legal e carência da abordagem desta temática na formação dos licenciados na maioria das universidades analisadas. |